No
fim da quadra chuvosa de 2019, que compreende os meses de fevereiro, março,
abril e maio, o Ceará ainda tem 18 de seus reservatórios com volume morto. O
dado é da resenha diária divulgada pela Companhia de Gestão dos Recursos
Hídricos (Cogerh). No entanto, o panorama é melhor do que no fim do mesmo
período de 2018, quando o número foi 39% maior, com 25 reservatórios nesta
situação. Nesta sexta-feira, 31, último dia da quadra, existem 42 açudes com
volume acima de 90% e 29 sangrando.
O
aporte registrado neste ano foi de 2,74 bilhões de metros cúbicos (m³), o maior
desde 2011. Antes da quadra chuvosa, pelo menos 28 açudes estavam com volume
morto no Estado. Outros 16 eram considerados secos. Apenas três reservatórios
tinham 90% da capacidade preenchida: Cocó, Germinal e Jenipapo. No início de
fevereiro, somente 10% da capacidade dos 155 reservatórios do Ceará estava
preenchida. Atualmente, o volume adquirido chega a completar 21,47% da
capacidade. Em 2018, a quadra acabou com 17% do volume total dos açudes.
Com
as chuvas registradas nesta quadra, muitas das bacias hidrográficas monitoradas
já receberam quantidade de precipitações maior do que o esperado para o ano
inteiro. A bacia Coreaú, que tem 10 açudes, recebeu 1.393,6 milímetros em 2019.
O acumulado é maior 34,9% do que a média anual.
Também
localizada na parte do estado que mais registrou chuvas, a bacia Litoral teve
mais de 1.125 mm. No entanto, quatro bacias não atingiram a média histórica de
chuvas, incluindo a do Médio Jaguaribe, onde é localizado o Castanhão, maior
reservatório do Estado.
Dados
consolidados sobre as consequências da quadra chuvosa e perspectivas para o
restante do ano no Ceará serão divulgados na próxima quarta-feira, dia 5. Das 7
horas de quinta-feira até o mesmo horário desta sexta-feira, 31, choveu em pelo
menos 65 municípios. A maior precipitação foi no Crato, com 40 mm.
O
primeiro fim de semana do mês de junho chega com previsão de céu mais claro
após dois dias de chuvas ao longo do território do Ceará, conforme análise das
condições de tempo realizada na manhã desta sexta-feira (31) pela Fundação
Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).
Hoje,
que marca o início da pós-estação, o cenário é de nebulosidade variável em
todas as macrorregiões, ou seja, sem condições favoráveis às precipitações.
Porém, no domingo, 2, algumas áreas de instabilidade que estão sobre o oceano
Atlântico podem trazer chuvas leves para o litoral.
Castanhão
Maior
açude do Ceará, o Castanhão termina a quadra chuvosa com 5,53% da capacidade de
armazena- mento ocupada. Em 2017, o reservatório estava com 8,54% em 31 de
maio. O Povo
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