Castanhão
apresenta, neste momento,
pouco mais de 5% de sua capacidade total.
(Foto:
Leandro Castro)
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As
precipitações durante o período da quadra chuvosa no Ceará – fevereiro a maio –
colaboraram para a expansão da área sem seca relativa no estado, conforme dados
do Monitor de Secas. Apesar dos resultados positivos obtidos nos primeiros meses
do ano, já foi possível observar um aumento na estiagem entre abril e maio.
O
Ceará apresentava, até abril deste ano, 66% do seu território sem seca
relativa, o que representava o resultado mais positivo desde o início do
monitoramento, em julho de 2014, do projeto coordenado pela Agência Nacional
das Águas (ANA), com apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e
Recursos Hídricos (Funceme) e outros institutos de pesquisa do País. Já no mapa
mais recente do Monitor, a área passou para 50,63%.
“Esta
tendência de redução das chuvas, relativa à climatologia mensal, como mostrado
pelos desvios percentuais mensais ao longo da quadra chuvosa, foi indicada no
prognóstico emitido em janeiro de 2019”, afirma o meteorologista da Funceme
Raul Fritz.
A
análise da quadra chuvosa mostra que a região do Sertão Central e Inhamuns foi
a que apresentou o maior desvio percentual negativo (-6,3%), seguida do Cariri,
com desvio percentual de -4,8%. No que se refere somente ao mês de maio, as
chuvas no Ceará ficaram 14,6% abaixo da média, de acordo ainda com a Funceme.
Neste
momento, a porção do território cearense com algum nível de seca relativa está
concentrada no centro-sul, área que recebeu menos precipitações durante o
período de chuvas de 2019. Observa-se ainda que o estado apresenta apenas os
níveis classificados entre seca fraca e moderada, sendo 32,48% e 16,89%,
respectivamente. Tal cenário indica impactos que vão desde a diminuição do
plantio a danos às culturas e pastagens.
Cenário
hídrico
Com
o fim da estação de chuvas, o Ceará entrou na Pós-Estação, período de
precipitações mais escassas. Junho tem normal climatológica de apenas 37,5 mm,
o que reforça a necessidade do uso consciente da água.
Atualmente,
dos 155 reservatórios monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos
Hídricos (Cogerh), 72 açudes estão com capacidade abaixo dos 30%. O
Castanhão, principal reservatório do estado, apresenta apenas 5,41% do seu
volume total.
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