Caiado e Bolsonaro após assinatura de contrato de concessão de trecho da Ferrovia Norte-Sul |
O
presidente Jair Bolsonaro (PSL)
disse nesta quarta-feira (31) que o governo federal promoveu novo
contingenciamento de R$ 1,4 bilhão para não correr o risco de sofrer
impeachment por descumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal, como aconteceu com
a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em 2016.
"O
que tenho a dizer a vocês? Se eu não fizer isso, eu vou para o impeachment, pô.
Não vamos pedalar, não vamos descumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal",
declarou Bolsonaro.
"Somos
obrigados. Não quero culpar quem nos antecedeu, mas pegamos aí uma União, um
Estado quebrado e temos que buscar maneiras de solucionar. Sabemos que íamos
encontrar isso pela frente. Ninguém está reclamando não. E como a gente
recupera isso? Credibilidade, confiança", acrescentou.
A
declaração foi dada após evento em Anápolis (GO) para assinatura de contrato de
concessão de trecho da Ferrovia Norte-Sul.
Na
oportunidade, ao lado do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), Bolsonaro
citou a crise financeira do estado para exemplificar as dificuldades
financeiras vividas em todas as esferas governamentais.
A
decisão do novo
contingenciamento foi anunciada na semana passada pelo Ministério da
Economia, mas
detalhes foram informados apenas ontem.
O
Ministério da Cidadania foi a pasta que mais sofreu redução na verba: teve
cerca de R$ 619 milhões bloqueados.
Em
seguida, vêm os ministérios da Educação e da Economia, com cerca de R$ 340
milhões e R$ 280 milhões congelados, respectivamente.
O
ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), ressaltou que o governo
está guardando o dinheiro para fins de planejamento e os valores distribuídos a
cada ministério serão revisados em setembro para que cada pasta possa terminar
o ano sem maiores percalços.
"O
orçamento anual é como quem sai para viajar. Se você gastar todo o seu recurso,
e a viagem dura dez dias, quando chegar no oitavo dia você não tem mais. O
contingenciamento é uma proteção e uma previsão de guardar", ilustrou
Lorenzoni. UOL
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