Ozilando de Almeida, 22, aprendiz em rotinas
administrativas
do CIEE. Iniciou na aprendizagem depois que trancou a
faculdade
por problemas financeiros
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A
quantidade de jovens inseridos com sucesso no mercado de trabalho aumentou no
Ceará. No primeiro semestre deste ano, foram 5.480 contratações para vagas de
estágio e aprendizagem. O crescimento é de 5,5% em comparação a igual período
do ano passado, quando 5.192 pessoas foram encaminhadas.
O
aprendiz em rotinas administrativas do Centro de Integração Empresa-Escola
(CIEE), Ozilando de Almeida, 22, está nesta estatística. Ele conta que as
dificuldades financeiras fizeram com que ele tivesse que abandonar os estudos
na faculdade em que cursava Engenharia Agronômica para buscar uma oportunidade
de trabalho.
Como
não tinha experiência, buscou uma oportunidade de aprendiz. Ozilando comemora
que foi selecionado na sua primeira entrevista frente a um recrutador.
De
acordo com dados do CIEE, o rapaz de 22 anos fez parte dos 32.279 jovens em
busca de vagas para estágio e aprendiz. Mas o funil ainda é grande e muitos
destes acabam por não conseguir uma posição, já que a quantidade de
oportunidades abertas entre janeiro e junho foi de 6.431 no Ceará. Foram cinco
candidatos para uma vaga.
O
supervisor do CIEE em Fortaleza, Cláudio Moreira, avalia que a contratação de
estagiários e aprendizes é impactada pelo cenário da empregabilidade no País,
mas que o Ceará conseguiu bom resultado mesmo com o panorama negativo na
Região. "Percebemos que houve uma melhoria nessas contratações. No CIEE
aumentamos a oferta de vagas para estagiários e aprendizes, que não foi tão
acentuada devido à própria situação econômica, principalmente no Nordeste".
Além
do trabalho, os aprendizes têm a oportunidade de realizar um curso
profissional, complementar à atividade que executam nas empresas. Ozilando
conta que começou na empresa como um aprendiz de rotinas administrativas e
realizou curso de arco administrativo. "Iniciei no setor de Gestão de
Pessoas, na arquivologia, e hoje estou na Central de Operações", diz.
O
supervisor do CIEE na Capital acrescenta que a contratação desses jovens
"oferece acesso a um mundo novo ao qual não tinham contato" e que
proporciona um crescimento tanto pessoal quanto profissional.
Sob
regime de carteira assinada, os aprendizes ficam sob contrato com as empresas.
Ozilando está no sétimo de 14 meses. "Está sendo uma experiência única,
numa carga horária de seis horas. Uma ou duas vezes na semana participa do
curso profissional".
Brasil
A
quantidade de aprendizes encaminhados pelo CIEE à empresas subiu 13,5% no
Brasil no primeiro semestre. Saltou de 218,1 mil para 247,6 mil. O Povo
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