Indígenas
da etnia waiãpi denunciaram o assassinato
de um líder em meio a uma invasão de garimpeiros,
no oeste do Amapá. A Polícia Federal e a Funai (Fundação Nacional do Índio)
investigam o caso.
De acordo com a denúncia à PF, feita com
o apoio do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), o assassinato ocorreu na
última quarta-feira (24), durante um ataque à aldeia Mariry.
A Folha de S.Paulo confirmou essas informações com pessoas da região.
Uma fonte da Funai disse que o corpo do
indígena estava cheio de marcas de violência e sem um olho. A princípio, os
índios acharam que ele havia se afogado, mas depois encontraram o corpo com
esses sinais de agressão.
Os
cerca de 1.300 waiãpis habitam o oeste do Amapá, em área próxima à divisa com o
Pará. É a única terra indígena do país com autorização oficial para exploração
de ouro, feita de forma artesanal pelos próprios indígenas.
Seria a primeira invasão de garimpeiros
no território waiãpi em décadas. O ataque ocorre em meio a promessas do governo
Jair Bolsonaro de legalizar a atividade em áreas protegidas.
Diversas terras indígenas da Amazônia
sofrem com invasão de garimpeiros, interessados principalmente em ouro e
diamante. Entre as etnias mais atingidas estão os ianomâmis (entre Roraima e
Amazonas), mundurucus (Pará), caiapós (Pará) e paiter-suruís (Rondônia). Folhapress
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