A
titular da Delegacia de Cruz, Joseanna Oliveira, finalizou nesta sexta-feira
(26) inquérito contra o médico e prefeito afastado de Uruburetama, José Hilson de Paiva, de 70
anos. Após investigações e primeiros depoimentos de vítimas, a Polícia Civil indiciou
o suspeito pelo crime de estupro de vulnerável.
Conforme
Joseanna, oito mulheres prestaram depoimento
em Cruz. Destas, seis ficaram na
condição de testemunhas por terem sido supostamente vítimas de abusos sexuais
cometidos pelo médico há anos. Contra as outras duas, a delegada percebeu que
houve o crime de estupro de vulnerável, que, conforme legislação, só prescreve
após 10 anos desde o ocorrido.
"Durante
as diligências e depoimentos colhidos chegou-se a conclusão que a conduta do doutor
Hilson se encaixa como estupro de vulnerável, porque naquele momento não podia
se exigir da vítima resistência. Elas
estavam em situação de vulnerabilidade. A autoridade
médica se sobrepôs à vontade da paciente", esclareceu a delegada.
A
promessa é que ainda nesta sexta-feira (26) o inquérito seja remetido ao Poder
Judiciário. A policial destacou que "o doutor Hilson vai ter sua primeira
ação por crime sexual tramitando em um fórum". José Hilson de Paiva
está preso
há uma semana, desde quando se apresentou às autoridades acompanhado pela
defesa, na sede da Delegacia Geral, em Fortaleza.
Ponderação
O
advogado Leandro Vasques, representante da defesa do médico,
pontuou não descartar que estas duas vítimas de estupro tenham sido
"fabricadas pela oposição política do prefeito, independente das vítimas
reais, que de fato devem existir".
Durante
esta semana, a defesa já tinha ingressado com pedido de habeas
corpus a favor do médico alegando que ele solto não teria como
comprometer as investigações. O pedido foi negado nessa quinta-feira (25). Em
paralelo, há investigações contra José Hilson tramitando na Delegacia de
Uruburetama. Diário do Nordeste
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