Profissionais que integraram o Mais Médicos, em chegada
ao Brasil em 2017. (Foto: José Cruz)
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Ao lançar o programa Médicos pelo
Brasil, o presidente Jair Bolsonaro usou parte do seu discurso para criticar o
PT e o Mais Médicos, lançado no governo Dilma Rousseff. Ele não poupou nem
mesmo os médicos cubanos que atuam ou atuaram no Brasil. "Se os cubanos
fossem tão bons assim, teriam salvado a vida de (Hugo) Chávez, não deu
certo", discursou Bolsonaro nesta quinta-feira, dia 1º. Chávez morreu, em
2013, em decorrência de um câncer na região pélvica.
Na cerimônia, Bolsonaro disse que
tentou "interferir" na aprovação do Mais Médicos, ainda como deputado
federal. Ele contou que, na época, se aproximou dos "verdadeiros
profissionais" da área da saúde, numa referência a representantes de
conselhos de medicina brasileiros que estavam presentes. "Não tivemos
sucesso (em rejeitar o Mais Médicos), o Parlamento era conduzido de outra
forma. Hoje é completamente diferente", afirmou Bolsonaro.
O presidente declarou que o PT usava o
povo "para espoliá-lo, na base do terror, por um projeto de poder".
"A ideia (do Mais Médicos) era formar núcleos de guerrilha do
Brasil", disse.
Bolsonaro também voltou a fazer
críticas sobre a suposta proibição de médicos cubanos trazerem suas famílias
para o Brasil. Não existe, entretanto, qualquer proibição no programa para que
esses profissionais tragam seus entes.
Em 2013, como deputado federal,
Bolsonaro defendeu justamente a proibição da entrada no Brasil de familiares de
médicos cubanos que ingressaram no programa Mais Médicos. "A verdade, aos
poucos vem vindo à tona: eles querem trazer 6 mil médicos cubanos. Prestem
atenção. Está na medida provisória: cada médico cubano pode trazer todos os
seus dependentes. E a gente sabe um pouquinho como funciona a ditadura
castrista. Então, cada médico vai trazer 10, 20, 30 agentes para cá",
disse na época.
Nesta quinta-feira, no entanto, o
discurso mudou. Ele afirmou que a suposta proibição de familiares dos cubanos
era "uma questão humanitária que foi estuprada pelo PT". "Por
anos, mães e pais ficaram afastados dos seus maridos, esposas e dos seus
filhos. Uma questão humanitária que foi estuprada pelo PT. Falo isso porque sou
pai de cinco filhos", disse. "O Brasil se prestou a alimentar uma
ditadura (em Cuba), aproximadamente R$ 1 2 bilhão era destinado a Cuba, tirando
dos profissionais que estavam aqui." Agência
Estado
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