O
processo para canonização do cearense dom Helder Pessoa Câmara entrará em nova
etapa no próximo dia 5, no Vaticano. Na chamada “fase romana”, a Igreja nomeará
um relator e determinará que duas comissões preparem dois trabalhos: um
minucioso perfil biográfico e uma defesa argumentativa de suas virtudes.
Conhecido
por sua atuação em defesa dos direitos humanos durante a ditadura militar, o
líder religioso teve o processo aberto oficialmente em fevereiro de 2015, nove
meses após a Arquidiocese de Olinda e Recife solicitar a questão à cúpula da
Igreja. A morte do cearense, com forte atuação em Pernambuco, faz 20 anos nesta
terça-feira, 27.
O
material preparado na primeira fase do processo, liderado pelo frei Jociel
Gomes, ouviu 54 pessoas e montou um dossiê de 197 páginas. Após a fase romana,
o papa declara que ele é um venerável e é preciso a comprovação de milagres: um
para ser beatificado e dois para ser canonizado, como aconteceu com a freira
baiana Irmã Dulce, primeira
mulher brasileira que se tornará santa em outubro deste ano.
Com
formação no Seminário da Prainha, em Fortaleza, Dom Helder se mudou para o
estado de Pernambuco aos 30 anos, onde atuou como arcebispo de Recife e Olinda.
“A grande característica dele foi tratar a todos igualmente, ele recebia
moradores de rua e chefes de estado da mesma forma”, lembra Antônio Carlos
Maranhão, presidente do Instituto Dom Helder Câmara (IDHeC).
Antônio
Carlos tem convicção de que o processo ocorrerá sem problemas, tratando-se
apenas de uma formalidade da Igreja. “Todos que conviveram com ele o consideram
um santo, por toda sua forma de agir. Todas as informações foram dadas, mais de
50 entrevistas acumularam o material suficiente para ter todas as informações”,
garante. O Povo
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