(Foto: Nilton Alves) |
O
predomínio é da Caatinga, mas a Mata Atlântica também é um bioma importante
para a diversidade do Ceará. Apesar disso, o estado tem preservados,
atualmente, apenas 7% de toda a cobertura da floresta que já teve, o
correspondente a cerca de 64 mil hectares (ha) de mata. Os dados são da
Fundação SOS Mata Atlântica e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
O
Ceará é um dos 17 estados que ainda possuem o bioma no Brasil, se destacando
como o que apresenta menor índice de desflorestamento. Entre 2017 e 2018, o
estado perdeu sete hectares do bioma, número considerado tão pequeno diante da
extensão territorial que, conforme o relatório elaborado pela fundação, o
trecho cearense da floresta está em nível zero de desmatamento. Entre 2014 e
2017, foram 17 hectares perdidos.
De
acordo com a Secretaria do Meio Ambiente do Ceará (Sema), 67 municípios
registram presença da mata, em regiões como Chapada do Araripe, Litoral, Serras
da Ibiapaba, de Aratanha, de Baturité e de Maranguape, por exemplo. Na capital,
um dos pontos que têm resquícios da floresta é o Parque Estadual do Cocó.
“O
conceito de Mata Atlântica, hoje, não é composto apenas das florestas de serras
úmidas, como Maciço de Baturité, Araripe e Ibiapaba, mas também dos tabuleiros
litorâneos e mangues, como no Cocó. Apesar disso, nossa preocupação em relação
à região serrana é muito grande, porque as serras são muito demandadas por
atividades econômicas, como turismo e carcinicultura”, avalia o secretário do
Meio Ambiente, Artur Bruno.
Fiscalização
O
titular da Sema aponta que o principal desafio para a preservação do que resta
de Mata Atlântica no Ceará é a fiscalização dos crimes ambientais. “Não é
fácil, porque são muitas demandas, e há áreas que não são protegidas. Os
municípios precisam fiscalizar, e temos estimulado a aderirem a essa tarefa.
Porque a Semace (Superintendência Estadual do Meio Ambiente) não tem condição
de abarcar nossos 184 municípios. De setembro a dezembro, por exemplo, é o
período de mais queimadas. Temos conseguido avanços importantes, mas com
dificuldade”, lamenta Artur Bruno. G1 CE
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