As
chuvas de Pós-Estação no Ceará ficaram 7,4% abaixo da normal climatológica,
conforme dados parciais da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos
Hídricos (Funceme). Apesar do desvio negativo, a média observada, que foi de 49
mm – é maior do que a do mesmo período de 2018, quando o estado apresentou 24,4
mm.
Durante
os meses de junho e julho, as precipitações foram provocadas por sistemas
comuns deste período como os Distúrbios Ondulatórios de Leste (DOL) e ainda
áreas de instabilidade que se formaram próximo dos estados vizinhos ao Ceará.
Apesar
do acumulado maior do que o do ano passado, as chuvas de Pós-Estação são
comumente mais escassas em relação ao período da quadra chuvosa – fevereiro a
maio -, que possui normal de 600,7 mm. Além disto, segundo a Funceme, a média
de precipitações do última bimestre representa apenas cerca 6% do total
esperado para o ano todo.
Atenção
As
chuvas registradas em junho e julho deste ano também não colaboraram para
aporte significativo dos açudes, principalmente porque, além de apresentarem
acumulados pouco intensas, ficaram mais restritas ao norte do Ceará. Neste
momento, dos 155 reservatórios monitorados pela Companhia de Gestão dos
Recursos Hídricos (Cogerh), 76 estão com volume abaixo dos 30%.
“A
expectativa é que as chuvas continuem reduzindo até, pelo menos, o mês de
novembro. Isto é uma característica climática do segundo semestre no Ceará.
Para este período são esperados ainda registros de baixa umidade relativa do
ar, isto é, tempo mais seco, principalmente no interior do estado”, comenta o
meteorologista David Ferran.
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