A
discente Maria Clara Arraes Peixoto Rocha do décimo semestre do curso de
Direito da Universidade Regional do Cariri (URCA) é aprovada pela quarta vez
para apresentar trabalho fora do Brasil, na Maynooth University. Anteriormente
a aluna recebeu aprovação das instituições Cambridge University, University of
New York e Universidad de Sevilla.
Atualmente,
a estudante é bolsista da linha “Políticas Públicas” do “Grupo do Estudo e
Pesquisa em Estudos Regionais, História da Educação e Políticas Educacionais”
com o projeto “Educação, Gênero e Política: a presença das mulheres cearenses
no cenário político”, que é orientado pela Prof. Dra. Zuleide Fernandes Queiroz
do curso de Pedagogia. A aluna também é membra do “Grupo de Estudo em Direitos
Humanos e Direitos Fundamentais (GEDHUF)”. Participa da “Frente de Mulheres dos
Movimentos do Cariri” e ajudou na organização e construção do movimento social
“Piquenique Feminista”.
Desde
o início da sua graduação em Direito, a aluna demonstrou interesse pela
produção acadêmica na universidade, seguiu seu percurso na produção científica
participando de congressos, conferências com publicações em anais, capítulo de
livro, revista científica e em eventos acadêmicos que aconteceram na própria
URCA, nos quais Maria Clara foi premiada duas vezes na em 2018 “Prêmio destaque
XXI Semana de Iniciação Científica”, e 2016 “Prêmio Destaque do Ano na
Iniciação à Extensão”.
A
vontade de ir para fora do Brasil não foi tão súbita quanto pudesse parecer. A
aluna conta que tinha tal aspiração como uma grande realização profissional e
que a coragem para começar a tentar seleções surgiu tanto de incentivo da
própria Universidade, ajuda de amigos, como da admiração de professoras que
fizeram carreira fora do país, como sua orientadora Zuleide Queiroz. “Acredito
que é extremamente importante fomentar discussões sociais no âmbito da
universidade, minha área de pesquisa sempre foi Direito e Gênero, e sinto que é
preciso aprofundar e melhorar os conceitos acerca das temáticas envoltas de
assuntos como feminismos, corpos, bio-necro-política e outros. Acima de tudo,
no decorrer da minha trajetória aprendi muito em campo, na dialética do
conhecimento empírico com o que é tido como científico, logo, já querendo mudar
um pouco como a academia funciona, abrir espaços, resistir nele e tentar
harmonizar de alguma forma o lugar de fala dentro e fora da universidade. Tanto
através de pesquisa que são fundamentais para debater sobre as mulheres
produzindo ciência e sendo objeto da ciência, por exemplo, como em atuações
militantes das ideologias políticas as quais aprecio”, disse.
Das
quatro aprovações para apresentar trabalho fora do país, somente uma a aluna
não teve condições financeiras de participar, que foi o “Lailac Annual Graduate
Student Conference” no “The Graduate Center of the City University of New
York”, que ocorreu em abril de 2019. Mesmo assim, a estudante relata que a
aprovação por si só já representa uma esperança de boa receptividade quando
terminar seu curso na URCA. Já em relação à última aprovação da aluna, a “XX
Conferência Anual WISPS (Women in Spanish, Portuguese and Latin American
Studies)”, que acontece na “Universidade de Maynooth”, Irlanda, será nos dias 1
e 2 de novembro de 2019.
Para
os estudantes que tivessem trabalhos aprovados no XX Conferência Anual WISPS,
foram ofertadas três bolsas e Maria Clara foi uma das premiadas, com o trabalho
intitulado “Law of education guidelines and basis in brazil: an analysis of the
draft amendment to the organic law in the city of crato-ce prohibiting gender
discussion in schools“. Os artigos que foram selecionados serão considerados
para publicação no Journal of Romance Studies, que é uma revista acadêmica
revisada por pares de estudos sobre romance publicada pela Liverpool University
Press em associação com o Institute of Modern Languages Research.
A
aluna coloca que está em busca de instituições, patrocínios e auxílios além da
URCA e da bolsa que irá receber para poder custear sua viagem, bem como levar
relatos, dados, contribuições culturais do Cariri para debate no exterior até
onde seus estudos quantificarem tais informações. Afirma também que todos os
seus trabalhos estão publicados e de fácil acesso pela internet.
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