Uma
investigação sobre crimes de estelionato em Monsenhor Tabosa, no Sertão Central
cearense, levou à prisão de um casal em Fortaleza, também suspeito de cometer
outras infrações como tortura e estupro de vulnerável contra os próprios filhos
e crime contra a pessoa idosa, em outros municípios brasileiros. A dupla foi
detida na última sexta-feira (23), no Bairro Lagoa Redonda, na Capital.
Segundo
a Polícia Civil, no momento da prisão, os dois foram encontrados com quatro
crianças, sendo dois filhos do casal e outros dois apenas da mulher presa. As
crianças eram comumente trancadas em um cômodo por 24 horas, como forma de
"discipliná-las", conforme os suspeitos relataram à polícia. Além
disso, uma das filhas, hoje com dez anos, era abusada desde os oito anos pelo
suspeito preso.
A
comunicação com a Polícia Civil do Paraná permitiu acesso ao caso de um quinto
filho da envolvida, hoje com 15 anos. Aos 13, ele também foi torturado pelo
casal quando a família morava no Rio de Janeiro. Desde então, ele pediu abrigo
à avó, com quem mora atualmente no Paraná.
Além
disso, a dupla também negligenciava os cuidados ao pai da mulher, um idoso de
79 anos. Eles recebiam os benefícios da vítima, mas não atendiam às
necessidades de alimentação e cuidados básicos do aposentado.
Os
policiais foram cumprir um mandado de prisão contra o casal e quando chegaram à
residência, os agentes encontraram as crianças em condições de maus tratos.
"Nossas
investigações prosseguem no sentido de colher mais elementos de autoria e
materialidade a fim de comprovar os crimes de tortura praticados contra os
menores, além do crime de estupro de vulnerável, também investigado",
afirma o delegado Luiz Arthur, titular da Delegacia Municipal de Monsenhor
Tabosa.
Estelionato
As
investigações iniciaram em maio de 2019, em razão do crime de estelionato. O
homem preso, de 32 anos, é natural de Carapicuíba, em São Paulo, enquanto a
mulher, de 33 anos, é cearense, de Monsenhor Tabosa.
A
dupla se aproveitava da naturalidade da suspeita para fazer compras sem
realizar os pagamentos de móveis e eletrodomésticos. Pelos menos 19
comerciantes teriam sido enganados pelo casal. G1 CE
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