terça-feira, 27 de agosto de 2019

Dra. Lorena Brito deixou um legado de atendimento humanizado e dedicação aos mais humildes

Flagrante de quando a médica foi atender a um enfermo

No último dia 22 de agosto, o Crato se despedia da endocrinologista Dra. Lorena Brito, que faleceu, aos 36 anos, em decorrência de complicações de diabetes. A missa de sétimo dia ocorre nesta terça-feira (27), às 19 horas na Igreja de Nossa Senhora de Fátima.

Tão logo foi confirmado o falecimento da médica, as manifestações de solidariedade à família e de carinho a Lorena vieram de toda parte por onde a médica atuou. De Santana do Cariri uma pessoa externou a tristeza pela partida da médica e reconheceu as qualidades enquanto profissional e pessoa humana. “Excelente profissional, tive o prazer de trabalhar junto com ela por um tempo. Lamento muito sua perda, médicos com tanta humanização e valorização do paciente como ela, são raros”, destacou.

A comunidade acadêmica, em especial o corpo docente da instituição que ela estudou, também lamentou: “Sabemos do grande trabalho assistencial que ela desenvolvia nas comunidades rurais. Educativo, Humano e eficiente. Era praticamente venerada pelos seus pacientes da Unidade de Medicina de Família onde atuava. Lamentável perda para a medicina caririense”, compadeceu o Dr. Sérgio Araújo, diretor da Faculdade de Medicina de Juazeiro do Norte.


HISTÓRIAS E GOSTOS
A médica dividia sua vida entre trabalhar na cidade grande, numa clínica de Juazeiro do Norte e a tranquilidade da zona rural, onde atuou na equipe de estratégia da Família da Malhada, comunidade do distrito Ponta da Serra, a 25 quilômetros da sede do município. Lá a médica se realizava em trabalhar, conforme revelou familiares. 

Muitas histórias e atitudes solidárias vieram ao conhecimento dos familiares após a partida de Lorena. Certa vez em um sítio de difícil acesso, um senhor estava passando mal e Lorena foi avisada para o socorro, como não tinha como ir de carro, por conta das condições das estradas, a médica montou na garupa de uma moto e foi fazer o atendimento ao enfermo.

A profissional recebia carinho de todas as idades. Em outra vivência, Lorena foi surpreendida por uma criança que lhe trouxe flores. A clínica se desmanchou em alegria, talvez uma das maiores recompensas já recebida.

Outro lado da vida que a médica se realizava era com viagens, músicas e audiovisual. De repente, Lorena tirava férias e ia para Paris, ela gostava de respirar “ares europeus”. Lá assistia show de Paul Mcartney e Andrea Bochelle. Falava Inglês e Francês, e era simplesmente amante da música do popular: Marisa Monte, Adriana Calcanhoto, Skank e também de um bom forró das antigas: Mastruz com Leite, além do clássico Beatles. Café, Harry Potter e Chaves, eram os gostos favoritos. 

Para a família, a partida de Lorena deixou uma lacuna que jamais será preenchida, mas há confortá-los, as boas lembranças, as histórias de ações afáveis praticadas pela mulher abnegada e amorosa que sempre foi.

Fonte: Blog Papo Reto Cariri

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