Gerentes são flagrados com integrante mineiro do esquema (camisa de cor rosa) |
As
prisões dos dois gerentes cearenses e de outros integrantes do grupo, em São
Paulo, e General Sampaio, no Interior, ocorreram em operação da Polícia Civil
com o apoio do Ministério Público, no Município de Pentecoste.
A
investigação contou com a participação da Delegacia de Defraudações e
Falsificações (DDF) e do Departamento Técnico Operacional (DTO), da Polícia
Civil do Ceará, comandadas pelos delegados Jaime de Paula Pessoa Linhares e
Eduardo Tomé, respectivamente.
Em
nota, o Banco do Brasil informou que a conduta dos funcionários está sendo
analisada sob aspecto disciplinar. "De acordo com as normas internas, as
soluções administrativas passíveis de aplicação vão desde a advertência e
suspensão até destituição do cargo, demissão sem justa causa e demissão por
justa causa", conclui a nota.
Como
funcionava
Conforme
o diretor do Departamento de Polícia do Interior (DPI), Marcos Aurélio de
França, os criminosos criaram um débito na agência de General Sampaio e
creditaram integralmente em uma conta poupança no Estado de São Paulo,
auxiliados por funcionários do banco.
Com
o crédito na conta, os operadores passaram a fazer a “pulverização dos
valores”. Dois homens e uma mulher foram presos, na última sexta-feira (23), na
cidade de São José do Rio Preto, interior de São Paulo, enquanto faziam
diversas operações financeiras.
Na
conta de um dos presos foi verificada a quantia de R$ 59.998.765,00. O
dinheiro, segundo as investigações, foi desviado de contas por meio de aviso de
crédito feitos pelos gerentes.
Participação
de gerentes
Um
homem natural de Contagem, em Minas Gerais, identificado como Jefferson Alves,
foi preso no interior da agência do Banco do Brasil de General Sampaio, também
na última sexta (23).
Jefferson
revelou a participação de Pedro Eugênio Leite e Celso Luiz Grillo de Lucca,
gerentes das agências de General Sampaio e Tejuçuoca, no esquema
criminoso.
A
defesa dos gerentes não quis se manifestar sobre o assunto.
Falso
sequestro
À
polícia, os bancários afirmaram que teriam sido sequestrados, durante três
dias, e estavam agindo sob ameaça para realizar a liberação dos valores.
Conforme os investigadores, entretanto, “os fatos não sustentam tal versão”.
Segundo a Polícia, no período de tempo em que os gerentes alegaram estar
sob poder dos sequestradores, imagens de câmeras de segurança mostram que, na
verdade, eles estavam em um hotel.
A
prisão temporária dos bancários foi decretada pelo juiz Caio Lima Barroso e
cumprida nesta quarta, “tendo em vista as inúmeras contradições apresentadas em
suas alegações, pois afirmaram terem sido sequestrados”.
Ainda
de acordo com as informações da Polícia Civil, para movimentar a alta quantia
financeira, o grupo necessitava da assinatura digital dos dois gerentes. A
pedido do Ministério Público, por meio do promotor Jairo Pequeno, a Justiça
bloqueou todas as contas que receberam os valores desviados, com base na lei de
lavagem de dinheiro. Diário
do Nordeste
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