(Foto: Alan Santos) |
A
uma plateia de evangélicos, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou, neste
domingo (4), que não lê jornais para não começar o dia envenenado e disse que
não trabalha pensando na reeleição em 2022, mas ressaltou que, se não for
reconduzido ao cargo, espera ser substituído por “alguém melhor”. Aos cerca de
dois mil fiéis da igreja Fonte da Vida, ele também disse que quer manter um bom
relacionamento entre os Três Poderes e que não criticaria o Congresso ou o
Judiciário.
No
culto, Bolsonaro afirmou que sabia que seu Governo seria alvo da imprensa. “Eu,
muitas vezes, não leio jornal nenhum para não começar o dia envenenado. Não
trabalho pensando em 2022”, disse. Se o Governo for bem, ele disse que não
descarta a reeleição. “Se não formos, espero que chegue alguém melhor do que
eu”, declarou, enquanto ressaltou que, no passado, outras pessoas “demonstraram
uma sede de poder, nada mais além disso”.
Em
julho, Bolsonaro disse que assumiu “um País quebrado moral, ética e
economicamente, mas se Deus quiser nós conseguiremos entregá-lo muito melhor
para quem nos suceder em 2026”, referindo-se a um período após eventual segundo
Governo dele.
Mais
cedo, Bolsonaro comentou assuntos como a pressão para que tire da chefia do
Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) Roberto Leonel, aliado do
ministro da Justiça, Sergio Moro. Bolsonaro afirmou que cabe ao ministro da
Economia, Paulo Guedes, definir se substitui ou não o presidente do Coaf.
Guedes, disse ele, tem “carta branca” sobre o tema.
O
presidente também comentou, no domingo, levantamento do jornal “O Globo” que
mostrou que o clã Bolsonaro nomeou 102 pessoas com laços familiares nos últimos
28 anos. “Que mania que todo parente de político não presta? Eu tenho um filho
que está para ir para os Estados Unidos e foi elogiado pelo Trump. Vocês
massacraram meu filho, a imprensa massacrou”.
Ele
voltou, ainda, a elogiar o ministro da Advocacia-Geral da União, André Luiz
Mendonça, a quem considera um bom nome para uma futura vaga no Supremo Tribunal
Federal (STF) por ser “terrivelmente evangélico”. Diário do Nordeste
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