A
procuradora da República Jerusa Viecili, integrante da força-tarefa da Operação
Lava Jato em Curitiba, pediu desculpas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da
SIlva após o site The Intercept, em parceria com o UOL, vazar trechos de uma
conversa na qual Jerusa e outros procuradores ironizam a morte da ex-primeira
dama Marisa Letícia e o pedido de Lula para ir ao velório da esposa.
"Errei. Minha consciência me leva a
fazer o correto: pedir desculpas à pessoa diretamente afetada, o ex-presidente
Lula", postou Jerusa em seu Twitter. Após o pedido de desculpas, muitos
internautas passaram a afirmar que o post da procuradora era, além da
manifestação de arrependimento, um reconhecimento da veracidade das mensagens
que vem sendo vazadas pelo The Intercept desde junho.
O deputado federal Paulo Pimenta
(PT-RS), líder da bancada do PT na Câmara, reconheceu a nobreza do gesto da
procuradora, mas ressaltou que "é ainda mais importante o reconhecimento
da veracidade das mensagens da #VazaJato". A colega de partido de Pimenta,
Benedita da Silva, repostou o pedido de desculpas de Jerusa com a frase "a
verdade sempre prevalece".
O governador do Maranhão, Flávio Dino
(PCdoB), também se pronunciou. "Apenas uma procuradora pediu desculpas
pelas absurdas ironias com mortes trágicas na família do ex-presidente Lula,
levando esposa, irmão e neto", comentou. "Espero que a reflexão
noturna traga senso de humanidade aos agressores. Ainda há tempo",
concluiu.
Ao perceber a repercussão do post
inicial no qual pedia desculpas pelas ironias, Jerusa publicou outros dois
textos nos quais afirma que "os procuradores da Lava Jato nunca negaram
que há mensagens verdadeiras, exatamente porque foram efetivamente hackeados.
Contudo, não é possível saber exatamente o quanto está correto, porque é impossível
recordar de detalhes de 1 milhão de mensagens em 5 anos intensos".
E continuou: "lembrar de uma
mensagem não autentica todo o conjunto. A existência de mensagens verdadeiras
não afasta o fato de que as mensagens são fruto de crime e têm sido descontextualizadas
ou deturpadas para fazer falsas acusações". Estadão
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