Além
do combate a queimadas, a Câmara quer usar parte dos recursos recuperados pela
Lava Jato para pagar bolsas de pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (CNPq). Um pedido foi enviado ao ministro Alexandre de
Moraes, do Supremo Tribunal Federal, para que reserve R$ 250 milhões de um
fundo da Petrobras para destinar aos pesquisadores.
Na
terça-feira, 27, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), encaminhou uma
manifestação ao STF na ação em que Moraes irá decidir sobre o destino dos R$
2,5 bilhões originados de um acordo entre a Justiça dos Estados Unidos e a
estatal brasileira. Do montante, Maia pede que R$ 1 bilhão seja usado para o combate
a incêndios na floresta amazônica.
Maia
e Moraes se reuniram na semana passada para tratar do assunto. A ideia é que o
montante previsto em seu pedido para projetos ligados à popularização da
ciência e educação seja direcionado pelo Ministério da Economia para amenizar a
situação do ensino superior.
Nesta
semana, Pontes disse à Globonews que sua pasta não terá recursos para pagar
bolsas do CNPq até o fim do ano e "implorou" por mais recursos. O
déficit orçamentário do órgão é de R$ 330 milhões.
A
Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) fala sobre o risco de
85 mil pesquisadores ficarem sem bolsas a partir de setembro.
O
destino dos R$ 2,5 bilhões do fundo da Lava Jato parou no STF em março, depois
de a Procuradoria-Geral da República questionar o acordo fechado entre a
Petrobrás e a força-tarefa da operação no Paraná. A medida estabeleceu, entre
outros pontos, a criação de uma fundação para gerir parte da multa. As
informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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