Caminhão é alvo de ataque criminoso no Bairro Jangurussu. (Foto: Leábem Monteiro) |
Criminosos atearam fogo em um caminhão
no Bairro Jangurussu, em Fortaleza, na madrugada deste domingo (29), 10º dia
seguido de ataques coordenados por membros de uma facção criminosa. A sequência
de crimes começou na sexta-feira (20); teve o dia mais violento na terça-feira
(24), quando ocorreram pelo menos 27 ataques criminosos; e perde força desde a
sexta-feira (27), quando a Polícia Civil prendeu 44 membros da
facção que atua na onda de violência.
O proprietário do veículo destruído na
madrugada deste domingo mora próximo de onde aconteceu a ação criminosos. Ao
redor do caminhão foram encontrados vidros de garrafas que continham conteúdo
inflamável e foram arremessadas no veículo.
Ele foi alertado por um amigo sobre o
incêndio e comunicou ao Corpo de Bombeiros. "Quando eu cheguei estava o
fogo. Perda total. Derreteu as partes do motor. Prejuízo grande não compensa
não ajeitar", lamentou o proprietário, que usa o veículo para fazer frete.
Onda de ataques e motivo dos crimes
O Ceará atravessa uma série de
ataques criminosos desde 20 de setembro. Nesse intervalo, foram registradas
pelo menos 104 ocorrências, sendo a maioria incêndios contra ônibus, veículos
particulares e prédios públicos e privados.
Nos últimos dias, com o reforço
policial, a prisão de dezenas de suspeitos e a transferência de
presídios dos chefes de facção, a sequência de crimes perdeu intensidade.
Até a manhã deste domingo, a Secretaria
da Segurança Pública totaliza o número 130 pessoas capturadas por suposto
envolvimento nas ações, entre adultos e adolescentes. Somente
sexta-feira, 44 pessoas foram detidas em uma operação da Polícia Civil do
Ceará, suspeitas de participação na série de atentados.
Segundo o secretário da Segurança do
Ceará, André Costa, a onda de violência é uma reação de detentos que
querem a volta de "regalias" nos presídios do estado. Mais de 500
presos membros de facções criminosas já foram transferidos de penitenciárias
estaduais na tentativa de desarticular a organização responsável por ordenar
e executar os atentados. Um deles é o paraibano.
Entre terça e quinta-feira, quando os
ataques eram mais frequentes, a frota de ônibus de Fortaleza foi reduzida
e circulou com policiais no interior dos veículos. O itinerário foi
alterado para evitar circular em bairros onde os crimes são mais
frequentes. G1
CE
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