Os focos tendem a ser mais comuns no segundo semestre do ano por conta do tempo seco. |
O
total de focos de incêndio no Ceará em setembro é quatro vezes maior ao total
de focos identificados em agosto. Até ontem (27), 417 focos foram
registrados no mapa do Programa
de Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Em agosto, este número chegou a 138. No mês de setembro, o dia 15
apresentou o maior número - foram 45;
seguido do dia 20 (41) e
8 (37). Contudo, outros fatores precisam ser levados em
consideração para entender a situação.
A
geógrafa e mestranda em Sensoriamento Remoto do Inpe, Ana Larissa Ribeiro de Freitas,
pondera que um foco não significa necessariamente uma queimada. "Por se tratar de imagens de satélite,
vários focos podem ser registrados em uma mesma queimada",
explica a geógrafa. Na soma de todo o ano de 2019, foram 795 registros, número
que tende a se tornar ainda maior durante o segundo semestre.
Ana
Larissa explica que os valores são menores na quadra chuvosa, que ocorre, no
Ceará, nos meses de fevereiro, março, abril e maio. Mas, “a partir de agosto, a temperatura fica mais
alta e o clima mais seco, aí, você tem o aumento”. O resultado
pode ser observado na série histórica do mapa de queimadas do Inpe, onde os
meses de novembro e dezembro apresentam maior incidência.
Queimadas
No
caso de queimadas, o Inpe também realiza o monitoramento operacional. A
verificação consiste na análise de queimadas registradas a partir de um
observador próximo ao local do evento do fogo, ou seja, não é um foco de calor
registrado por satélites (o que é feito com focos de incêndio). Uma
área nativa queimada pode levar de dez a 20 anos para ser recuperada. Diário do Nordeste
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