A onda
de ataques no Ceará que incendiou dezenas de veículos e prédios
públicos no estado é motivada pelo corte de "regalias" no sistema
prisional, de acordo com o secretário da Segurança Pública, André Costa. Desde
janeiro deste ano, foram cortadas as visitas íntimas e foram retiradas as
tomadas elétricas nas celas, que eram usadas pelos internos para carregar
celulares que entravam de forma clandestina nas unidades prisionais.
"Tem
um pequeno grupo de detentos trabalhando pra um grupo criminoso especificamente
e eles estão revoltados, querem o retorno das regalias, querem que volte a ter
visita íntima, querem que volte a ter tomada em cela. Por conta disso, eles
estão incomodados, estão fazendo essas ações nas ruas, pessoas ligadas a eles.
Essa é a motivação."
Ainda
conforme o secretário, o governo não vai recuar e vai manter o corte das
"regalias". "O já determinado pelo governador Camilo Santana é
que tudo que foi determinado dentro e fora dos presídios, não vamos recuar um
milímetro sequer, não vamos voltar atrás, eles [criminosos que realizam os
ataques] estão perdendo tempo, não adianta nada o que eles estão fazendo, não
vai servir de nada no momento", concluiu André Costa.
O
secretário acrescentou ainda que solicitou apoio da Força Nacional para ajudar
no combate à onda de ataques que ocorre no Ceará desde a noite de sexta-feira
(20). Em janeiro deste ano, quando o Ceará sofreu uma sequência de crimes
similares, o ministro da Justiça, Sérgio
Moro, havia enviado tropas ao estado.
Pelo
menos 31
veículos foram parcial ou totalmente destruídos com chamas e material explosivo.
Os ataques também atingiram prédios públicos e uma torre de comunicação.
Quatro
pessoas se feriram nos crimes, incluindo um homem preso suspeito de atear fogo
a veículos. Até a noite de segunda-feira (23), o Governo do Estado divulgou
nesta terça que 15 suspeitos foram detidos, incluindo cinco adolescentes. G1 CE
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