Nas
duas últimas semanas, o sertanejo tem ficado apavorado com o crescimento do
número de queimadas em vegetação nativa e em áreas de pastagem (capim). Neste
mês, mais de 50 registros foram observador pelo 4º Batalhão de Bombeiros
Militar, com sede em Iguatu. “Há uma unidade exclusiva para o combate ao fogo
na mata e os chamados são diários”, disse o subcomandante do 4º BBM,
tenente, Jackson Pereira.
Há
mais de três dias que a serra do Gadelha, em Iguatu, arde em chamas. À
noite, é possível ver o fogo na mata para quem percorre a rodovia CE 060, entre
Iguatu e Várzea Alegre.
Na
manhã desta sexta-feira, 27, o fogo chegou próximo ao conjunto habitacional do
Programa Minha Casa Minha Vida e por pouco não atingiu o canteiro de obras e
unidades. Os Bombeiros combateram as chamas nas proximidades das casas em
construção. Os operários ficaram admirados e assutados com o avanço rápido do
fogo.
Nesta
quinta-feira, houve atendimento e combate a fogo em vegetação entre Iguatu e
Jucás. Mais de cinco mil litros de água foram utilizados no combate às
chamas. Área queimada foi estimada em 750 metros quadrados.
Na
localidade de Barreiras em Quixeré também houve registro de foto em uma área de
antigo criatório de camarão e em uma casa com cerca coberta de vegetação seca.
Os bombeiros evitaram a chegada do fogo até a casa, preservando uma plantação
de bananeiras.
Na
zona rural de Iguatu, no sítio de Geraldo Chaves, foram utilizados mais de
3.000 litros de água. A área queimada foi estimada em 500 metros quadrados.
Os
Bombeiros registraram fogo em vegetação em Barbalha e em Crato com queimada de
vasta área e em proximidades de casas. No Crato, foram observados vários focos.
Ocorreu
também fogo em vegetação na localidade de Matões, em Caucaia. Foram utilizados
4.000 litros de água, soprador, bombas costais e abafadores para
tentar extinguir as chamas na vegetação.
“Nesta
época do ano é comum a ocorrência de fogo em vegetação porque a mata está seca,
o tempo quente e o vento ajudam a propagar as chamas”, disse o tenente Jackson
Pereira.
O
ambientalista e agrônomo, Paulo Maciel, disse que o fogo causado a cada ano é
intencional. “É criminoso. Há interesse em desmatar a mata nativa, a Caatinga”,
frisou. Fonte: Blog Diário Centro-Sul
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