sexta-feira, 27 de setembro de 2019

Serra do Gadelha está em chamas há mais de três dias em Iguatu



Nas duas últimas semanas, o sertanejo tem ficado apavorado com o crescimento do número de queimadas em vegetação nativa e em áreas de pastagem (capim). Neste mês, mais de 50 registros foram observador pelo 4º Batalhão de Bombeiros Militar, com sede em Iguatu. “Há uma unidade exclusiva para o combate ao fogo na mata e os chamados são diários”, disse o subcomandante do 4º BBM, tenente, Jackson Pereira. 

Há mais de três dias que a serra do Gadelha, em Iguatu, arde em chamas. À noite, é possível ver o fogo na mata para quem percorre a rodovia CE 060, entre Iguatu e Várzea Alegre.

Na manhã desta sexta-feira, 27, o fogo chegou próximo ao conjunto habitacional do Programa Minha Casa Minha Vida e por pouco não atingiu o canteiro de obras e unidades. Os Bombeiros combateram as chamas nas proximidades das casas em construção. Os operários ficaram admirados e assutados com o avanço rápido do fogo. 


Nesta quinta-feira, houve atendimento e combate a fogo em vegetação entre Iguatu e Jucás. Mais de cinco mil litros de água foram utilizados no combate às chamas. Área queimada foi estimada em 750 metros quadrados.

Na localidade de Barreiras em Quixeré também houve registro de foto em uma área de antigo criatório de camarão e em uma casa com cerca coberta de vegetação seca. Os bombeiros evitaram a chegada do fogo até a casa, preservando uma plantação de bananeiras.

Na zona rural de Iguatu, no sítio de Geraldo Chaves, foram utilizados mais de 3.000 litros de água. A área queimada foi estimada em 500 metros quadrados.

Os Bombeiros registraram fogo em vegetação em Barbalha e em Crato com queimada de vasta área e em proximidades de casas. No Crato, foram observados vários focos.

Ocorreu também fogo em vegetação na localidade de Matões, em Caucaia. Foram utilizados 4.000 litros de água, soprador,  bombas costais e abafadores para tentar extinguir as chamas na vegetação. 

“Nesta época do ano é comum a ocorrência de fogo em vegetação porque a mata está seca, o tempo quente e o vento ajudam a propagar as chamas”, disse o tenente Jackson Pereira.

O ambientalista e agrônomo, Paulo Maciel, disse que o fogo causado a cada ano é intencional. “É criminoso. Há interesse em desmatar a mata nativa, a Caatinga”, frisou.                         Fonte: Blog Diário Centro-Sul

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