(Foto: Arquivo) |
A
combinação entre baixa umidade do ar, tempo seco e muito vento tem aumentado a
incidência de queimadas no Cariri. O Corpo de Bombeiros e o Instituto Chico
Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) estão em alerta e pedem o
apoio da população para evitar prejuízos a fauna e flora local. De agosto a
janeiro, muitos agricultores têm o costume de atear fogo na terra, na intenção
de preparar o solo para o plantio. A prática é antiga e traz prejuízos
irreparáveis ao meio ambiente.
Só
na primeira semana de agosto, o Corpo de Bombeiros e o ICMBio registraram
várias ocorrências em Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha. “É incrível, mas é
só começar o mês de agosto para aumentar a incidência de queimadas e incêndios
no Cariri, na maioria das vezes, por conta da ação do homem. Enquanto, na zona
urbana, as pessoas ateiam fogo nos terrenos baldios para se livrarem do lixo,
na zona rural os agricultores queimam a vegetação para preparar o solo para o
plantio. Com a elevação da temperatura e os ventos fortes, a propagação das
chamas acaba sendo mais forte, aumentando a ocorrência de queimadas.
Atualmente, estamos registrando entre cinco e sete ocorrências por dia”, afirma
o major Noberto Santos, do Corpo de Bombeiros.
Este
ano, o ICMBio conta com 18 brigadistas para cobrir uma área de 39 mil hectares.
A atuação da brigada cobre os municípios de Barbalha, Crato, Jardim, Missão
Velha e Santana do Cariri. O principal motivador de incêndios continua sendo a
ação humana, seja por imperícia, negligência, imprudência ou dolo. Conforme a
Lei de Crimes Ambientais (9.605/1998), provocar incêndios em mata ou floresta
gera reclusão de dois a quatro anos e multa, com autuações que podem variar
entre R$ 1 mil (pastagem e agricultura) e R$ 75 mil por hectares (em Área de
Preservação Permanente – APP). Nas áreas urbanas o uso do fogo para limpar
quintais e terrenos baldios também é crime e pode gerar multa e reclusão. As
denúncias podem ser feitas no Corpo de Bombeiros, por telefone, ou nas
secretarias de Meio ambiente dos municípios. Fonte: Jornal
do Cariri
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