O
presidente Jair Bolsonaro afirmou que a reforma administrativa pode retirar a
garantia de estabilidade dos novos servidores públicos. Ele assegurou, no
entanto, que não vai mexer nas regras dos atuais funcionários.
"A
reforma administrativa está bastante avançada. Não haverá quebra de
estabilidade para os atuais servidores. Quem entrar a partir da promulgação da
PEC (proposta de emenda à Constituição) aí pode não haver estabilidade",
disse o presidente em Pequim nesta sexta-feira, 25. A proposta é vista como o
próximo passo do governo no Congresso após a aprovação da reforma
previdenciária.
Questionado
se poderá haver mudanças nos valores dos salários e reajustes de servidores
públicos para evitar possíveis disparidades, Bolsonaro falou que a equipe
econômica busca acabar com a indexação dos salários.
"As
pessoas falam tanto dos militares. Um aspirante começa ganhando em torno de R$
6.500 brutos, e ao longo da carreira vai havendo progressão. O que a equipe
está estudando é acabar com indexações nessa área", declarou.
"Ninguém vai desindexar o salário mínimo. Todo ano ele vai ter no mínimo a
inflação", acrescentou.
Questionado
se a proposta deverá incluir Estados e municípios, ele disse que não sabe, mas
indicou haver dificuldades para isso. Bolsonaro disse, ainda, que é preciso
aguardar os acordos políticos que serão costurados em torno da matéria.
"Não sei. A gente tem que ver porque é igual a Previdência, toda vez que se
quer botar no mesmo caldeirão os três entes da Federação não dá certo",
avaliou. Estadão
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