sábado, 2 de novembro de 2019

Cearense trabalha em média 47 dias para pagar custos funerários de familiares

Maior parte dos cearenses gasta entre R$ 1,8 mil
e R$ 3,3 mil com funerais (Foto: Kid Junior)

O cearense trabalha em média 47 dias para pagar despesas fúnebres de familiares. O cálculo leva em consideração a média dos rendimentos no segundo trimestre deste ano no Ceará (R$ 1.614) apontado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O cálculo tem como base também o valor médio cobrado por um funeral completo no estado, que é R$ 2.550, de acordo com o Sindicato das Empresas Funerárias do Estado do Ceará (Sefec).

O preço cobrado por um funeral completo no Ceará pode variar de R$ 1.800 a R$ 3.300 em média - diferença de 83%. Os preços aumentam ou diminuem de acordo com o porte da cerimônia, duração e sofisticação, segundo a presidente do Sefec, Mayra Grisólia.

"O valor de um funeral varia muito de acordo com os serviços contratados e da estrutura oferecida pela funerária, bem como tempo de duração do velório. Se houver contratação de outros serviços como cerimonial, pode custar mais caro”, explica.

O menor valor inclui os serviços mais básicos, como a urna, o translado, ornamentação simples e a documentação, desconsiderando ainda o jazigo ou a cremação, que custam, respectivamente, R$ 4.800 e R$ 2.900, de acordo com Grisólia.

Plano funerário
A presidente do Sefec revela que a adesão ao plano funerário é uma realidade no Ceará, tanto na capital quanto no interior. “Já existe uma cultura do cearense de incluir no orçamento o pagamento do plano funerário, o que faz com que não precise se preocupar com as despesas funerárias quando da ocorrência de um óbito na família”, ressalta.

Ela ainda afirma que as mensalidades dos planos funerários podem variar de R$ 30 a R$ 70 e podem chegar a R$ 100 se incluírem as despesas com cemitério. Sobre o volume de recursos destinados, ela aponta que o ticket médio não tem aumentado nos últimos anos por conta da crise econômica e que, historicamente, Fortaleza tem um dos menores valores de funerais dentre as capitais do Brasil.

Segmento
Grisólia avalia que os serviços funerários no Ceará têm evoluído muito. “As empresas estão se profissionalizando e oferecido novos serviços, como a cremação e a tanatopraxia [preparação dos corpos], além do serviço funerário tradicional. Outra evolução é o acompanhamento das famílias no processo de luto, com a disponibilidade de psicólogos e grupos de apoio ao enlutado”, afirma.

Ela aponta que grande impacto da atividade na economia local diz respeito ao número de empregos. “É uma atividade que demanda muita mão de obra para ser realizada, em virtude de um atendimento em todos os dias do ano, desta forma, gera um grande número de empregos diretos”, lembra.

A representante ainda destaca que o Dia de Finados é a principal da data para o setor e que o serviço mais procurado no período é o de floricultura. “Neste dia, as empresas do setor funerário procuram trabalhar o acolhimento das famílias. Nos cemitérios tem disponibilidade de serviços de acolhimento com músicos, psicólogos, distribuição de brindes, realização de missas, distribuição de rosas, ou seja, é montada toda uma estrutura para receber a visitação neste dia”, revela.                      G1 CE

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