O dono de um centro terapêutico em Juazeiro do Norte foi preso nesta quarta-feira (20) por suspeita de manter os internos em situação de cárcere privado. Promotores do Ministério Público do Estado (MPCE) visitaram o local e constataram que 32 pessoas viviam em situação desumana, com sinais de espancamento, em ambientes similares a celas e duas delas estavam algemadas. Ainda conforme o Ministério Público, o local onde as pessoas eram mantidas não tinha banheiro.
Os promotores apreenderam drogas no local e identificaram que um dos internos estava sob efeito de substância entorpecente no momento da visita. De acordo com a promotora Alessandra Magda, a instituição recebia também doentes mentais, o que é proibido para um centro que trata dependentes químicos.
Durante a inspeção, os promotores de Justiça acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) para realização de atendimento médico ambulatorial nos internos. Um deles foi encaminhado para o Hospital Regional do Cariri, onde foi submetido a cirurgia, após ser diagnosticado com pneumotórax. Outros dois foram atendidos em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
Assistentes sociais da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Trabalho (SEDEST) e um médico da Saúde Mental do município realizaram uma triagem dos institucionalizados para verificar aqueles que têm condições de retornar ao convívio de suas famílias ou que precisam ser encaminhados a outra instituição. A Vigilância Sanitária foi chamada e interditou o local após a retirada dos internos.
A ação contou ainda com o apoio da Polícia Militar e da Polícia Civil. Diário do Nordeste
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