Uma peça colheitadeira é tida como um trunfo na produção de algodão na região do Cariri. Nos últimos dois anos o sul do Ceará retomou a prática parada há duas décadas e isso anima produtores, que já investem em tecnologia para suprir a falta de força braçal para colheita.
A máquina será adaptada a um chassi e acoplada na lateral do trator, colhendo uma única fileira de algodão. Cada máquina de uma linha pode colher anualmente uma área de até 120 hectares (0,3 ha/hora). Espera-se que o equipamento proporcione uma redução no custo de colheita de até 70% em relação à colheita manual.
A colheitadeira de algodão de uma linha ainda é rara no Brasil, no país só existe a de Barbalha. De acordo com Gildo Pereira de Araújo, Analista da Embrapa Algodão na cidade, a peça é acoplada em um trator que percorre pequenas plantações de algodão. “Uma máquina como essa colhe de maneira satisfatória em torno de três hectares por dia, para colher isso manualmente seria necessário 100 pessoas colhendo no mesmo dia”, pontua.
“A ideia é usar recursos tecnológicos simples, que seja de fácil operação e adaptada ao contexto produtivo regional e à realidade financeira desses agricultores”.
O projeto é todo desenvolvido por pesquisadores da Embrapa e foi pensado na Bahia. No último dia 14 de novembro houve uma demonstração em Barbalha para atrair investidores, estudantes e comunidade em geral. A diferença no produto é que, para grandes áreas plantadas, já há máquinas para o serviço, mas em plantações menores, a colheita mecânica ainda é defasada.
A região do Cariri já foi uma das grandes produtoras de algodão no Brasil. Há 20 anos a tradição da cultura estava presente em cidades como Milagres, Brejo Santo e Barbalha. De acordo com Gildo, a retomada é vista com otimismo para o desenvolvimento regional.
Fonte: Site Miséria
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