(Foto: Helene Santos) |
Três casos de intoxicação por petróleo cru foram registrados até esta quinta-feira (21) no Ceará e estão sendo monitorados pela Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), sendo um deles já confirmado e dois sob investigação. A informação foi repassada pelo Ministério da Saúde nesta quinta.
O paciente que foi contaminado pelo óleo está no município de Fortim, na região Norte, e as pessoas em avaliação são acompanhadas na cidade vizinha de Aracati.
As manchas de petróleo cru começaram a surgir nas praias do Nordeste no fim de agosto deste ano e já atingiram 695 localidades, como aponta o boletim do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). No Ceará, 37 pontos foram afetados pelo óleo e em sete locais o material ainda está sendo encontrado.
Conforme a Sesa, os pacientes estão bem e sendo monitorados pela vigilância epidemiológica de Aracati. A Secretaria realiza monitoramento diário para a identificação de casos de intoxicação com o apoio de Coordenadorias Regionais de Saúde e unidades de saúde próximas às áreas afetadas pelo óleo.
No boletim epidemiológico mais recente do Ministério da Saúde consta que o Centro de Operações de Emergência (COE) estabeleceu algumas definições para os casos de contato com o óleo. Quem apresenta a reação, após interagir com o petróleo cru, tem uma intoxicação exógena e outras formas de contato são consideradas como exposição ou suspeita de intoxicação. Saiba quais são as classificações:
Intoxicação exógena: conjunto de efeitos nocivos representados por manifestações clínicas ou laboratoriais que revelam o desequilíbrio orgânico produzido pela interação de um ou mais agentes tóxicos com o sistema biológico.
Indivíduo exposto: todo indivíduo que, direta ou indiretamente, teve contato com o petróleo e/ou seus componentes por via cutânea, respiratória, oral e/ou ocular.
Caso suspeito de intoxicação aguda por petróleo: todo aquele indivíduo que, tendo sido exposto ao petróleo e/ou seus componentes, apresente sinais e sintomas clínicos de intoxicação e/ou alterações laboratoriais provavelmente ou possivelmente compatíveis.
Entre os sintomas comuns da intoxicação estão as alterações cardíacas e dor no peito, falta de ar, irritação na garganta e tosse. No sistema nervoso, o paciente pode apresentar ansiedade, cansaço, dor de cabeça e dormência, por exemplo. Também são comuns irritação nos olhos, diarréia, dor abdominal, náuseas, vômito e irritação na pele.
Depois de uma exposição aguda em até 24 horas, os sintomas podem surgir em até 72 horas depois do contato. Já nas interações sucessivas, os sintomas podem aparecer em até duas semanas. Para avaliar os possíveis efeitos crônicas é recomendado a realização de hemograma, exames de função renal e hepática, além de eletrocardiograma e testes respiratórios. G1 CE
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