O Instituto de Desenvolvimento do Trabalho no Ceará (IDT) vai receber um aporte de R$ 8,7 milhões. A destinação do recurso foi definida após aprovação de mensagem do Governo do Estado na última sessão do ano na Assembleia Legislativa do Ceará. O IDT é uma organização social responsável por políticas de recrutamento, seleção, qualificação e intermediação de profissionais para o mercado de trabalho.
O aporte chega em um momento complicado para o IDT. Neste ano, em abril, unidades em 14 municípios cearenses (Barbalha, Baturité, Camocim, Canindé, Cascavel, Crato, Maranguape, Morada Nova, Pacajus, Pacatuba, Quixeramobim, Russas, Tauá e Ubajara) foram fechadas. O motivo foi o corte de verbas federais, segundo o presidente do IDT, Gilvan Mendes.
Além do fechamento de unidades, houve 20 demissões de um total de 81 previstas. A verba agora destinada pelo Governo também deve ser usada para pagamento de direitos trabalhistas dos demitidos.
“O Governo Federal mantinha o custeio, e o Governo Estadual mantinha o quadro de pessoal. A partir do ano passado, deixaram de vir esses recursos, mais gravemente neste ano, quando o Estado não recebeu nada do Governo Federal e teve que assumir o custeio. Então foi necessário o fechamento dessas unidades”, justificou.
Agora, a reestruturação acontecerá com investimento em tecnologia. “Vamos usar a digitalização, processo de aplicativos, ferramentas de tecnologia, para que não seja necessário o trabalhador se dirigir à nossa unidade. Pelo aplicativo e sistema de agendamento nós vamos dar uma atenção a ele, seja em que município esteja”, destacou.
Repercussão
Líder do Governo na Assembleia, o deputado Júlio César Filho (Cidadania) destacou que o aporte garante o mais importante: a manutenção do serviço. “Essa subvenção no valor de 8 milhões de reais vai garantir vários programas de reestruturação do IDT e uma parte desse recurso, sim, é para pagar a rescisão do trabalhador que foi desligado desse importante órgão”, reconheceu.
"Foram fechadas 14 unidades, mas os trabalhos foram concentrados em unidades-polos. O importante é que o serviço continua sendo ofertado para a população", garantiu.
Já o deputado opositor Renato Roseno (PSOL) lamentou a situação do órgão. “O Ceará tem 450 mil desempregados, 450 mil sub-ocupados, 450 mil desalentados, ou seja, quase 1 milhão e meio de cearenses necessitam de políticas de trabalho e emprego. O Governo agora requer uma subvenção para novas demissões. Nós defendemos o fortalecimento da política de emprego, e não o seu desmonte”, criticou. G1 CE
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