sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

Após 25 anos ausente de Caririaçu homem vai reencontrar a família no Cariri


Uma longa história de saudades e incertezas vai terminar com um final feliz na região do Cariri. Um reencontro de familiares após duas décadas e meia está prestes a acontecer por força das redes sociais. Há 25 anos o agricultor José Correia da Silva, o “Zé de Dunga” deixou sua terra natal: Caririaçu e partiu em busca de emprego deixando sua mãe entristecida.

No primeiro e único contato telefônico após sair de casa, soube da inesperada notícia: sua genitora tinha falecido. Ele disse ao pai Vicente Correia da Silva, o “Vicente Dunga” ter perdido o desejo de voltar e ía “desaparecer pelo mundo afora”, sob o argumento que não suportaria retornar sem rever sua querida mãe no torrão natal.

O tempo passou e Zé de Dunga se tornou andarilho, mas não escondia o desejo de um dia voltar a ter contato com os familiares. Do lado do Cariri, a vontade era a mesma. Todavia, os familiares próximos foram se mudando de Caririaçu inviabilizando o contato. Uma pessoa em Guarabira (PB) ouviu a história de Zé, um homem depressivo, solitário e sem os documentos por tê-los perdido.


De repente, decidiu colocar o desejo dele num vídeo e divulgar nas redes sociais rogando pelo compartilhamento até atingir o objetivo ao ser visualizado por uma pessoa de Caririaçu que o conhecia. Está tudo desvendado: a ex-mulher Francisca mora em Assaré mesma cidade do filho do casal Fabiano, que trabalha na agricultura. 

A primogênita de 33 anos, Regiane Correia, reside em Curitiba (PR) e Ana Correia em São Paulo. Em Várzea Alegre estão dois irmãos e duas irmãs de Zé de Dunga. Quando a reportagem ligou para a vendedora ambulante, Maria Aparecida Correia, de 41 anos, ela estava chorando, pois tinha acabado de falar com o seu irmão no início da tarde desta sexta-feira. 

“Meu Deus como o senhor é bom. Pensei que meu irmão tinha morrido. Tanto que a gente queria encontra-lo”, disse aos prantos após a conversa com o irmão que vive sob os cuidados de uma pessoa na Paraíba, onde trabalha como ajudante e o que ganha dá apenas para o alimento e se vestir. “Só Deus sabe minha alegria e não estou conseguindo nem me alimentar após ouvir sua voz”, revelou. 

Agora, todos estão ansiosos pelo reencontro e bastante alegres. O problema é que a família não dispõe de recursos para apanhá-lo em Guarabira e nem “Zé de Dunga” pode vir só por estar adoentado e sem documentos. Segundo Aparecida, ele não vê a hora de desembarcar no Cariri e ela disponibiliza o número do seu telefone (088) 99611.0076 para obter a ajuda por parte de alguém que possa trazê-lo à região.
Fonte: Site Miséria

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