Todos os 43 policiais militares que foram presos por deserção durante o motim no Ceará permanecerão presos. A determinação foi divulgada na noite desta quinta-feira (27). Detidos desde o dia 22 de fevereiro por faltarem a uma convocação para trabalhar na Operação Carnaval nas cidades do interior, os PMs tiveram a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva conforme a decisão do juiz Roberto Soares Bulcão Coutinho.
A deserção dos policiais militares ocorre em meio à paralisação de parte dos PMs, iniciada há 10 dias. Outros 230 agentes de segurança da Polícia Militar foram afastados do cargo por crime de motim, insubordinação e abandono do posto.
Além do afastamento, eles tiveram os salário cortado pelos próximos três meses e ainda deverão entregar o distintivo polical, a algema e a arma. A deserção é crime previsto no código militar, podendo levar o infrator a cumprir de seis meses a dois anos de prisão, caso condenado.
Pedido de prorrogação
Os policiais se mantêm amotinados desde o dia 18 de fevereiro, reivindicando um reajuste salarial. De quarta-feira (19) até terça-feira (25), foram registrados 195 homicídios no Estado, mantendo uma média de 19 mortes por dia. De acordo com a SSPDS, a média em janeiro de 2020 era de seis crimes por dia.
Com a crise instalada na segurança pública, o governador Camilo Santana (PT) solicitou ao Governo Federal a prorrogação do decreto da Garantia da Lei da Ordem (GLO) no Ceará.
O decreto presidencial que autoriza a operação GLO no Estado está previsto para se encerrar nesta sexta-feira (28). O Governo, entretanto, não informou quantos dias a mais foram solicitados para a permanência das tropas e nem se demandou aumento no contingente militar.
Hoje, há 2,5 mil homens do Exército Brasileiro patrulhando as ruas da Capital, Região Metropolitana e algumas cidades do interior. Diário do Nordeste
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