terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

Bolsonaro diz que educação no Nordeste forma militantes e desinforma

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) criticou nesta segunda (03), oito governadores do Nordeste e dois do Sudeste que rejeitaram o projeto das escolas cívico-militares, lançado no ano passado pelo governo federal. Segundo o presidente, a negativa dos governadores aconteceu por "motivos políticos".

"Se quiserem seguir formando militantes e desinformando, tudo bem", disse Bolsonaro durante o lançamento da Pedra Fundamental do Colégio Militar de São Paulo, o 14° do país. O modelo das escolas cívico-militares, no entanto, não tem relação com os colégios militares. A principal diferença está na gestão: enquanto nas escolas cívico-militares a administração é compartilhada por militares e civis, nos colégios militares a gestão é feita pelo Ministério da Defesa.

Lançado por Bolsonaro em setembro do ano passado, o programa nacional das escolas cívico-militares é de adesão voluntária por estados e municípios. São Paulo, Rio de Janeiro e oito estados do Nordeste rejeitaram a proposta.


Só em 2020, há previsão de investimento em R$ 54 milhões para a implementação do projeto das escolas cívico-militares, mas não há definição, até o momento, de todas as unidades que farão parte do modelo. As escolas que aderirem ao programa não terão processo seletivo para ingresso dos alunos. 

Nos colégios militares, geridos pelo Ministério da Defesa, há prioridade na ocupação das vagas para filhos de militares e policiais militares. As vagas restantes são preenchidas por concurso em que a disputa, em média, é de 270 candidatos por vaga. Depois de admitidos, os alunos pagam uma mensalidade (no colégio militar do Rio é de R$ 180, por exemplo), mais taxa de associação de pais e mestres. 

Os colégios militares começam no 6° ano do fundamental e vão até o final do ensino médio. Alunas não podem usar esmalte colorido nas unhas nem batom. Brincos, joias e óculos devem ser "neutros". 

Promessa de campanha 
A criação de colégios militares em todas as capitais do Brasil foi uma promessa de campanha de Bolsonaro.            Fonte: UOL

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