O governador Camilo Santana enviou ao governo federal nesta quarta-feira (26) pedido de prorrogação do decreto da GLO (Garantia da Lei e da Ordem), que vence na sexta (28). A informação foi confirmada pela assessoria do Governo do Estado ao Sistema Verdes Mares.
A GLO assegura a presença de militares do Exército para garantir a segurança pública já que parte dos agentes da Polícia Militar fazem um motim no estado e foi autorizada pelo presidente Jair Bolsonaro no último dia 20. A decisão foi no mesmo dia em que chegaram integrantes da Força Nacional ao Ceará. As tropas começaram na sexta-feira (21) a Operação Mandacaru, com cerca de 2.500 militares que atuam em Fortaleza e nas cidades de Juazeiro do Norte e Crato.
De acordo com informações do G1, um assessor do Governo Federal confirmou o recebimento do pedido, mas não sinalizou sobre a aceitação da solicitação. "Chegou o pedido. Se vai ser atendido, é outra história", afirmou.
Na tarde desta quarta-feira (26), o coronel Leônidas Carneiro Júnior disse que o Ceará registrou queda de 35% no número de crimes violentos desde o dia 21 de fevereiro, quando começou a operação. Ele havia dito que somente o governo é quem iria avaliar a prorrogação da operação no Estado.
O Ceara chegou ao 9º dia de motim dos policiais militares que reivindicam aumento salarial.
O QUE É A GLO?
Realizadas exclusivamente por ordem expressa da Presidência da República, as missões de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) ocorrem nos casos em que há o esgotamento das forças tradicionais de segurança pública, em graves situações de perturbação da ordem.
Reguladas pela Constituição Federal, em seu artigo 142, pela Lei Complementar 97, de 1999, e pelo Decreto 3897, de 2001, as operações de GLO concedem provisoriamente aos militares a faculdade de atuar com poder de polícia até o restabelecimento da normalidade.
SALÁRIOS
PMs têm feitos motins para pressionar o governo por aumento salarial. A proposta da gestão é aumentar o salário de um soldado da PM dos atuais R$ 3,2 mil para R$ 4,5 mil, em aumentos progressivos até 2022. O grupo de policiais que realiza as manifestações reivindica que o aumento para R$ 4,5 mil seja implementado já neste ano. Diário do Nordeste
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