Desde que os primeiros casos de coronavírus foram confirmados no Brasil, a procura por álcool gel e álcool líquido, ambos 70%, aumentou, já que são os mais indicados para a limpeza e evitar o contágio. A corrida desenfreada acarretou em uma falta dos produtos no mercado e ainda não há previsão para voltar a circular no varejo.
No Ceará, antes mesmo da Covid-19 chegar, farmácias estavam limitando a compra de álcool e máscaras por pessoa.
No dia 13 de março - dois dias antes do primeiro caso confirmado no Estado -, 70% das farmácias já mostravam desabastecimento de máscaras hospitalares e 30% delas não tinham mais álcool gel. A informação é do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Estado do Ceará (Sincofarma).
“Falta matéria prima, e quando as indústrias conseguem, é muito caro. Por isso que chega mais caro a farmácia, e consequentemente ao consumidor”, explica o presidente do Sincofarma sobre a escassez do produto.
Além disso, o material utilizado para a produção é importado e as farmácias não conseguem recorrer a diferentes fornecedores. “Nós temos dois distribuidores de alcance nacional e outros a nível Nordeste, mas a falta de produtos é geral”, lamenta.
Mais produtos afetados
Antônio Félix aponta ainda que outros produtos do setor farmacêutico também foram afetados, como as máscaras descartáveis. O presidente explica que as que estão sendo fabricadas são destinadas ao governo e não ao varejo.
A pandemia também gerou impacto na demanda de remédios. Substâncias como vitamina C, dipirona e paracetamol já estão começando a entrar em falta e devem ser os próximos esgotados do mercado.
Isolamento
Tão logo a Covid-19 chegou no Ceará, o Governo do Estado decretou medidas de enfrentamento ao vírus. No último dia 19, o governador Camilo Santana determinou o fechamento de estabelecimentos comerciais, com exceção de serviços essenciais a partir do dia 20. A medida vale até o dia 29, mas alguns setores já estão liberados para funcionar desde a última terça-feira (24). G1 CE
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