terça-feira, 31 de março de 2020

“Paulinho Ceará” é preso a mando da Justiça pela Polícia Civil do Crato

(Foto: Ilustrativa)
A polícia Civil do Crato prendeu nesta segunda-feira (30), Paulo Roberto Cavalcante Sampaio, mais conhecido como “Paulinho Ceará”, acusado de juntamente com Daniel Benício Souza Filho assassinarem o casal de estudantes de medicina, Manoel Ferreira Almino de Lima e Soraia Garcia Bezerra de Melo. Os crimes ocorreram em janeiro de 1989, no município do Crato.

A ação policial aconteceu em cumprimento a mandado de prisão preventiva expedido pela justiça da Comarca cratense. No dia de ontem, “Paulinho Ceará”, se apresentou espontaneamente a autoridade policial na Delegacia Regional de Polícia Civil do Crato, acompanhando de um advogado.  Na apresentação foi dito que em razão dele está acometido de uma doença degenerativa, e que em virtude desse período de pandemia  de coronavírus, o mesmo teria pedido para ficar em prisão domiciliar.


De acordo o Ministério Público, na madrugada do dia 2 de janeiro de 1989, por volta das 2h30, na cidade do Crato, as vítimas teriam sido executadas por “Paulinho Ceará”, e Daniel Benício, sendo encontradas dentro do carro da vítima, Manoel Almino, em uma rua da periferia da cidade. 

A promotoria atesta, nos autos, indícios de que os assassinatos ocorreram por vingança, pois na noite da festa de réveillon de 1988, um dia antes do ocorrido, Manoel Almino, que estava em uma comemoração no município de Granjeiro, teve uma briga com um grupo de seis homens. 

No dia seguinte, ao sair da festa na companhia de Soraia Garcia, os dois teriam sido colocados dentro de outro carro, levados para as proximidades do Quartel de Tiro de Guerra do Crato, onde foram executados. Manoel foi atingido por quatro tiros e Soraia por dois disparos fatais. 

Em 2009, o Conselho de Sentença do 1º Tribunal do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua condenou Paulo Roberto Cavalcante Sampaio, o “Paulinho Ceará”, a 20 anos de prisão, em regime inicialmente fechado, pelo assassinato de Manoel Ferreira Almino de Lima e de Soraia Garcia Bezerra de Melo. O réu foi condenado há sete anos pela morte de Manoel Almino, já que os jurados não reconheceram os qualificadores de motivo fútil, meio cruel e recurso que tornasse impossível a defesa da vítima, e há 13 anos pelo assassinato de Soraia Melo, já que mantiveram o qualificador de motivo fútil. 

Embora haja sentença condenadora contra Paulinho Ceará, ele foi recolhido a Cadeia Pública de Juazeiro do Norte ao invés de ter sido encaminhado a Penitenciaria Industrial Regional do Cariri (PIRC), ficando a espera do pronunciado da justiça em relação a determinação da prisão domiciliar.

Fonte: Caririceara.com

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