O abastecimento dos supermercados é temido desde a chegada do novo coronavírus ao Estado. Nos primeiros dias da pandemia, alguns produtos, principalmente de limpeza e alimentos que contêm vitamina C, estiveram em falta nas prateleiras. Segundo a Associação Cearense de Supermercados (Acesu), as indústrias seguem produzindo e solucionando os problemas em relação ao aumento da demanda para não prejudicar o abastecimento e não há informação de ruptura.
De acordo com o vice-presidente da Acesu, Nidovando Pinheiro, outros fatores influenciam a alta dos preços.”O período de chuva prejudica a distribuição de alguns produtos, como é o caso do FLV (frutas, legumes e verduras). A questão de preço oscila muito, por exemplo: semana passada, o mercado estava vendendo o tomate na faixa de R$ 9, nesta semana já é possível encontrar perto de R$ 4”, explica o representante.
Outro produto que faz parte da mesa dos cearenses e teve alta decorrente do aumento nas chuvas foi o feijão. Segundo informações da Acesu, a situação do feijão de corda deve ser normalizada nos próximos dias, mas o feijão carioca ainda não tem previsão de estabilizar.
O dólar cercando R$ 5 repercute no aumento do preço do arroz. “Quando o dólar sobe muito, o produtor prefere mandar o arroz para fora, por isso falta no mercado interno. Nem sempre é o repasse direto dos supermercados”, esclarece o vice-presidente.
As menores redes mercantis devem ser menos afetadas pelos problemas, visto que, geralmente, têm um centro de distribuição e dependem de fornecedores locais. Mesmo com a alta produção, as indústrias correm o risco de não conseguir atender totalmente a programação estabelecida com as grandes redes. Diário do Nordeste
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