(Foto: Cid Barbosa) |
Com o período de isolamento social devido ao coronavírus (Covid-19), o consumo das famílias cearenses se elevou. Mesmo com a constante busca por alimentos, a Central de Abastecimentos do Ceará S/A (Ceasa-CE) continua com um abastecimento normal para o período, que historicamente apresenta uma queda de 2% a 3,5% na oferta, avalia Odálio Girão, analista de mercados.
Bolsonaro publicou um vídeo de um homem que apontava o desabastecimento no Ceasa, em Belo Horizonte (MG). No entanto, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, tem afirmado que não há risco de desabastecimento.
Para o analista, o mercado está equilibrado neste momento e segue sem nenhum "desabastecimento acentuado", mesmo diante do cenário de pandemia. Ele aponta que algumas colheitas foram amenizadas, principalmente a dos grãos, e isso afetou os preços de produtos como o feijão, que passou de R$ 5 para R$ 6.
"Neste período, os grãos tiveram uma redução nas colheitas, como é o caso do feijão carioquinha, que é produzido no Paraná, o preço foi de R$ 5 para R$ 6 e isso o consumidor já está sentindo no bolso. Até mesmo o feijão de corda, que é produzido aqui no Nordeste também se elevou", comenta.
Outros produtos que tiveram "majoração" nos preços foram: a cenoura, a batata-inglesa e a cebola.
Abastecimento
De acordo com Girão, os produtores locais também estão auxiliando no abastecimento, como é o caso dos produtores da Serra da Ibiapaba, que estão enviando itens como maracujá, limão, pimentão, tomate e hortaliças.
Ele ainda pontua que os produtos no Ceará vindo de outras regiões do País estão chegando em boa escala e que muitos comerciantes locais possuem câmaras frias que auxiliam a preservar os itens.
"Os outros estados estão mandando itens em nível suficiente para manter o mercado abastecido. Além disso os comerciantes locais tem câmaras frias que podem guardar grandes quantidades de produtos frescos", relata.
Desabastecimento
O analista de mercados, comenta que em relação ao desabastecimento é preciso avaliar as medidas a serem adotadas pelo Governo nas próximas semanas. O abastecimento local só seria afetado caso a logística de entregas do País sofressem alterações e houvesse queda na produção de outros estados.
"A única coisa que pode afetar é a queda na produção de outros estados e a logística. E, a questão da logística é se caso haja uma interrupção de fronteiras com outros estados e, se tenha uma contenção de veículos, já que a maior parte das entregas são feitas por via terrestres", analisa. Diário do Nordeste
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