Em nota publicada na noite desta quarta-feira (30), o Instituto de Apoio à Criança com Câncer (IACC) anunciou a notícia do fechamento da ala de oncologia pediátrica do Hospital São Vicente de Paulo, em Barbalha. O serviço paralisou suas atividades na última semana alegando falta de recursos.
O local era referência no tratamento de crianças com câncer para 45 municípios interior do estado. “É com imenso pesar que fomos informados repentinamente do fechamento da oncopediátrica do hospital referência de Barbalha”, diz a nota.
Após o fechamento, as crianças precisarão se deslocar para a capital para realizar o tratamento oncotógico. “Deixando uma lacuna irreparável no tratamento oncológico de crianças de 45 municípios que precisarão se deslocar para a capital, em um momento em que ficarão muito expostas ao Covid-19, além de outros problemas como o distanciamento da família, que traz danos fataisUma vez que os pais tem que deixar suas vidas para enfrentar um tratamento longo. Encarando uma distância de mais de 500 km e 12 horas de viagem semanalmente”, afirma o IACC.
Em vídeo postado também na última quarta-feira nas redes sociais, o deputado Guilherme Landim (PDT) alerta para o fechamento. “É muito grave o que pode acontecer às crianças da região do Cariri caso fiquem desassistidas pelo serviço de oncopediatria do hospital”, afirma Landim.
“Num momento como o que vivemos, expor a saúde dessas crianças e de seus pais ao risco do contágio pelo coronavírus, obrigando-os a um longo deslocamento, pode ser fatal. É uma dupla insegurança, além da situação economicamente vulnerável de algumas dessas famílias”, conclui.
O deputado protocolou na noite da quarta-feira (29) requerimentos ao Ministério da Saúde e à Secretaria da Saúde do Estado solicitando o restabelecimento do serviço. Além disso, Landim exigiu do hospital informações sobre as razões do fechamento da unidade.
Segundo denúncias de pais que não quiseram se identificar, o local já vinha sem estrutura para o tratamento mesmo antes de anunciar o fechamento. Ainda segundo as denúncias, o Hospital encaminhava pacientes mais graves à Fortaleza, e nunca funcionou credenciado ao Ministério da Saúde como oncopediatria.
A reportagem aguarda nota oficial do Hospital São Vicente de Paulo. Fonte: Site Badalo
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