(Foto: Helene Santos) |
Na última sexta-feira (29), o Ceará registrou a menor taxa de isolamento desde o início do decreto de lockdown no Estado, em 8 de maio, com a média de 43,6% de acordo com a empresa de tecnologia In Loco. O nível de isolamento social mais baixo veio logo após os feriados municipais de Nossa Senhora da Assunção e Corpus Christi antecipados em Fortaleza para a quarta-feira (27) e quinta-feira (28), respectivamente.
Antes do nível registrado na sexta-feira, a menor taxa de isolamento social no Estado neste mês tinha sido de 46% nos dias 2 e 5 de maio. No feriado do dia primeiro, o nível de isolamento atingiu a média de 50%. As maiores taxas de distanciamento foram registradas durante os fins de semana.
Neste mês, a maior taxa foi registrada no dia 17, um domingo, com 56%. No dia 24 deste mês, o número chegou a 55%. Desde o início da quarentena, o nível mais alto de distanciamento foi no dia 22 de março, um domingo, com 63%. Neste sábado (30), a taxa de isolamento social no Ceará alcançou a média 46,12%, sendo o segundo estado do Nordeste com o maior nível de isolamento, ficando atrás de Pernambuco.
"O fim do lockdown não é o fim do isolamento"
A partir desta segunda-feira (1º), o Ceará se prepara para a fase de transição da retomada econômica. Embora o prefeito Roberto Cláudio ressalta que o estado de isolamento na cidade não deve mudar, o biólogo e professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC), Luciano Pamplona, acredita que a taxa a de isolamento tenha diminuído em vista que "para algumas pessoas está tudo liberado com a flexibilização. Mas nós não estamos acabando a quarentena, estamos começando um processo de flexibilização, com algumas poucas categorias para a gente avaliar", reforça.
"São dois meses de flexibilização, se a gente achar que amanhã está tudo resolvido, vamos ter que voltar para o isolamento mais rígido. O fim do lockdown não é o fim do isolamento. Não podemos baixar a guarda se não a gente volta, já vimos isso em outros lugares", explica o professor sobre o decreto de flexibilização no Estado.
"A gente sentiu uma diferença no número de pessoas, o isolamento funcionou, mas estamos um pouco preocupados com essa abertura, se a população vai seguir o plano adequadamente", comenta o infectologista Keny Colares. Diário do Nordeste
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