O saldo negativo da pandemia aqui no Cariri no setor de bares e restaurantes é, ao menos, de 3 mil demissões. Muitos empresários precisaram se reinventar, apostar no delivery, diminuir número de funcionários e até ir para a cozinha pôr a mão na massa – como é o caso do famoso restaurante Guanabara, em Crato.
Mas segundo a Abrasel Cariri – Associação dos Bares e Restaurantes -, vai ser difícil, mesmo após a retomada gradual, que o setor volte ao que possa ser considerado normal aqui na região.
Conforme o Diretor Executivo da Abrasel, Thaiene Riggeto, há um panorama da situação: a categoria quer reabrir parcialmente na primeira fase, e não na segunda, como determinou o plano do governo do estado.
O argumento para a reabertura já na primeira fase, é que se não houver restaurantes, os trabalhadores do comércio não terão onde almoçar, por exemplo. Por isso a Abrasel já mandou um ofício ao governador, pedindo que considere essa reabertura na primeira fase, considerando que esses estabelecimentos voltem com segurança e com baixo efetivo.
Há, no entanto, um pessimismo em relação ao retorno desses restaurantes no Ceará e no Cariri. Um local que em Juazeiro é pólo gastronômico poderá sofrer com a fechamento definitivo de 30% dos estabelecimentos.
As dificuldades são falta de capital de giro pra investimento. Além das demissões de 3 mil empregos na região.
A Abrasel espera que apenas 20% dos clientes retornem nessa reabertura gradual. A renovação da Medida Provisória 936, por exemplo, que arca parte da folha e suspende contratos, já foi aprovada ontem no Senado, faltando apenas a sanção do presidente.
Não há esperança que o setor possa se estabilizar nesse ano. Todas as fichas dessa organização que agrega bares e restaurantes no Ceará estão apostadas em 2021, quando poderá haver uma retomada real da economia no setor, um índice econômico importantíssimo para gerar emprego por aqui. Fonte: Site Miséria
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