Na manhã desta segunda-feira (25), o Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol (TJDF-CE) acatou parecer do procurador Luciano Furtado e determinou instauração de inquérito disciplinar e afastamento preventivo de Lúcio Barão, presidente do Barbalha, para investigação de supostas irregularidades cometidas pelo dirigente da Raposa.
Com isso, Barão ficará preventivamente afastado do cargo por 30 dias, o que é descrito pelo TJDF-CE como "medida excepcional que se impõe, no intuito de coibir a reiterada prática de condutas que serão objeto do inquérito, bem como para garantir a mais lídima preservação das investigações".
A decisão foi estabelecida pelo presidente do Tribunal, Tiago Albano. No documento, ao qual o Diário do Nordeste teve acesso, o magistrado afirma que:
CONHEÇO do Requerimento e DETERMINO A INSTAURAÇÃO DE INQUÉRITO DISCPLINAR a fim de apurar a ocorrência de possíveis infrações à legislação desportiva, devendo o procedimento processar-se na forma dos artigos 81 a 83 do CBJD.
Acato o pedido formulado pela Procuradoria Desportiva e determino a IMEDIATA SUSPENSÃO PREVENTIVA do Noticiado, pelo prazo de 30 (trinta) dias, nos exatos termos do artigo 35 do CBJD.
Agora o processo será designado a um dos integrantes do Pleno do TJDF-CE, que funcionará como auditor processante do inquérito disciplinar.
ENTENDA O CASO
O presidente do Barbalha, Lúcio Barão, foi acusado pelo vice-presidente, Roberto Antônio de Castro Macedo, de diversas irregularidades, como desvio de receitas, não prestação de contas do clube, falsificação de assinatura de rescisão de contrato, envolvimento de fraudes em apostas esportivas.
Na última quinta-feira (21), uma notícia de infração por parte do vice-presidente foi protocolada no Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol (TJDF-CE). Foi isso que deu início ao processo e fez com que, nesta segunda-feira (25), fosse instaurado inquérito.
O presidente do Barbalha se defendeu de todas as acusações do vice-presidente. Em nota, Lúcio Barão afirmou que Roberto está afastado do cargo no clube desde 2018, e o acusa, na esfera comum, de injúria e de oferecer o dinheiro de parte da cota da Copa do Brasil a um advogado para tirar Barão do clube.
Presidente do Barbalha diz que não foi notificado de afastamento, mas irá colaborar com inquérito
A decisão do Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol (TJDF-CE), de instaurar inquérito disciplinar e afastamento preventivo de Lúcio Barão, presidente do Barbalha, pegou o dirigente de surpresa. A reportagem, Lúcio falou que ainda não foi notificado oficialmente, por isso evitou comentar a decisão.
"Ainda não fui notificado. Eu tô sabendo tudo pela imprensa. Em nenhum momento, quando foi feita a denúncia, o TJDF me mandou (notificação). A imprensa tá tendo acesso a todo o conteúdo e eu, que sou a vítima, não estou tendo acesso a nada. Então vou aguardar ser notificado", disse Lúcio Barão.
Mesmo assim, ele afirmou que irá colaborar.
"Estou tranquilo. E vou colaborar e provar que todas essas denúncias são falsas. De dinheiro em minha conta, de tudo que estão falando aí. Eu estou respaldado de tudo e estou à disposição para cooperar e provar (inocência)", disse ele, afirmando ainda que as acusações têm cunho político.
"Estou sendo alvo de perseguição política". Diário do Nordeste
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