Movimentação no Centro de Fortaleza na manhã de sexta-feira (29). (Foto: José Leomar) |
O retorno das atividades econômicas no Ceará inicia nesta segunda-feira (1º), de acordo o plano anunciado pelo governador Camilo Santana na última quinta-feira (28). A partir do dia 1º de junho até o dia 7, haverá uma fase de transição, seguida por outras quatro, cada uma com 14 dias, com a divisão das atividades liberadas para retomarem por grupos. Já na primeira fase, setores do comércio já poderão funcionar.
O Ceará vive em isolamento social desde 20 de março, por decretos renovados pelo governador Camilo Santana, como forma de combater a disseminação do novo coronavírus.
Veja abaixo os horários de escalonamento para as atividades liberadas
Comércios
10h às 16h
Construção Civil e Indústria de Transformação
7h às 17h
Serviços (executando atividades vinculadas a outras cadeias)
8h às 20h, ajustando as jornadas às características dos diversos segmentos
Administração Pública
9h às 18h
Outros setores de atividade
Serviços essenciais em funcionamento atualmente continuam com horário regular
Instituições de Ensino ainda com atividades suspensas
Admite-se que o horário de 8h concentrará uma gama de serviços que não são impactados pelas regras acima (os essenciais, serviços domésticos, etc.)
*Em função da demanda pelas atividades econômicas, os setores poderão ajustar os horários de saída de forma mais adequada
Camilo detalhou que dois critérios principais foram utilizados para definir os setores que devem retornar primeiro e quais irão ficar para as últimas etapas. Segundo ele, o risco sanitário e a importância socioeconômica foram os fatores determinantes.
"Do dia 1º ao dia 7, serão liberadas algumas atividades, mas tem critérios a serem seguidos. Há uma tendência de estabilização dos casos, principalmente em Fortaleza, mas quero deixar claro que os próximos 7 dias serão avaliado. A Saúde vai avaliar e determinar se é possível prosseguir com as próximas fases ou não", ressaltou o governador.
O chefe do Executivo estadual ainda apelou a empresas e população que sigam as orientações governamentais em cada etapa. "O resultado desse plano depende do compromisso das empresas com seus funcionários e do comportamento da população. Teremos horários de funcionamento diferentes, protocolos a serem seguidos, como a medição da temperatura dos empregados, testagem de amostra dos funcionários, muito critério e rigor para que a gente não precise retroceder", afirmou.
O secretário da Saúde do Estado, Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho, Dr. Cabeto, reforçou o pedido.
"Isso não é uma abertura, é uma fase de transição. É preciso responsabilidade, pois vidas estão em jogo. Para que não haja retrocesso, é preciso obediência a toda regra de isolamento social", pontou.
Nesta etapa inicial, que irá durar sete dias, 17 segmentos estão autorizados a retomar parcialmente suas operações. Os percentuais de liberação variam de 0,60%, no caso do setor de tecnologia da informação, a 100% para a cadeia da saúde.
Quase 67 mil empregos poderão retomar suas atividades em todo o Estado, cerca de 11,5% do total. Na Capital, serão 44,8 mil trabalhadores, representando 67% do efetivo de Fortaleza, enquanto no Interior esse número é de 22,1 mil ou 33%.
Camilo ressaltou que, no comércio, apenas o setor ligado a saúde e material de construção poderão reabrir.
Confira a lista de atividades e os percentuais de liberação desta fase de transição:
- Indústria química e correlatos (30%) Indústria de químicos inorgânicos, plástico, borracha, solventes, celulose e papel
- Artigos de couros e calçados (17,9%) Fabricação de calçados e produtos de couro
- Indústria metamecânica e afins (28,7%) Fabricação de ferramentas, máquinas, tubos de aço, usinagem, tornearia e solda
- Saneamento e reciclagem (30%) Recuperação de materiais
- Energia (20%) Construção para barragens e estações de energia elétrica, geradores
- Cadeia da construção civil (31%) Construção de edifícios até 100 operários obra, cadeia produtiva com 30% - Têxteis e roupas (12,4%) Indústria têxtil, confecções e de redes
- Comunicação, publicidade e editoração (10,2%) Impressão de livros, material publicitário, e serviços de acabamento gráfico
- Indústria e serviços de apoio (0,8%) Indústria de artigos de escritório e manutenção industrial. Cabeleireiros, manicures e barbearias
- Artigos do lar (16,9%) Fabricação de eletrodomésticos e artigos domésticos
- Agropecuária (12,4%) Obras de irrigação - Móveis e madeira (7,9%) Fabricação de móveis e produtos de madeira
- Tecnologia da informação (0,6%) Fabricação de equipamentos de informática
- Logística e transporte (10,8%) Metrofor, transporte rodoviário metropolitano na RMF e manutenção de bicicletas
- Automotiva (1,9%) Indústria de veículos, de transporte e peças
- Cadeia da saúde (100%) Comércio médico e ortopédico, óticas, podologia e terapia ocupacional
- Esporte, cultura e lazer (8,1%) Treinos de atletas de esportes individuais, além dos clubes de futebol participantes da final do Campeonato Cearense
Hoje com funcionamento limitado a serviços essenciais como supermercados, farmácias e restaurantes com delivery, as operações de comércio em shoppings e na rua voltam a funcionar a partir do dia 8 de junho, após fase de transição do plano de retomada das atividades econômicas do Ceará. O retorno se dará com 40% da mão de obra, nos 14 dias previstos para durar essa fase, além de horários reduzidos.
Já a partir desta segunda-feira (1º), alguns segmentos do comércio, exceto os que estão localizados dentro de shoppings, já voltam a funcionar - na chamada fase de transição. Nesse período, poderão abrir comércios da construção civil, da cadeia de saúde (inclusive óticas), cabeleireiros e serviços gráficos.
Fase 1
Com o início da primeira fase, todas as cadeias do comércio reabrem, com 40% dos trabalhadores liberados para o retorno das atividades e horário reduzido. Não existirá diferença entre comércio de rua e shopping.
Nas fases 2 e 3, as cadeias já liberadas ficarão com funcionamento pleno.
Normas para retomada dos setores econômicos
O Grupo Técnico de Trabalho para a Retomada Responsável das atividades econômicas no Ceará elaborou um documento contendo 12 protocolos com normas para os setores do comércio de bens e serviços, indústria, obras civis, transporte público e campeonato de futebol.
De acordo com o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Ceará (Fecomércio-CE), Mauricio Filizola, foram estabelecidas diretrizes que estabelecem o uso de máscaras por funcionários e clientes, disponibilidade de álcool em gel e distanciamento de pessoas, mas cada empresa adaptará os procedimentos à sua realidade. Diário do Nordeste
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