(Foto: Helene Santos) |
“A recomendação desde o início do governo é que não deixaríamos obra parada, faz parte desse nosso compromisso levar água a quem realmente precisa. (…) E é uma novela enorme, né, que está chegando ao fim”, disse o presidente, em entrevista no distrito de Milagres, em Salgueiro (PE).
Bolsonaro não concedeu entrevista em Penaforte, no evento que marcou também sua primeira visita ao Ceará desde que foi eleito presidente da República.
Percurso
O presidente desembarcou no Ceará pouco antes das 10h, no aeroporto de Juazeiro do Norte. Lá, ele foi recebido pelo prefeito de Juazeiro do Norte, Arnon Bezerra (PTB) e o filho dele, deputado federal, Pedro Bezerra (PTB), além do líder da bancada federal, deputado Domingos Neto (PSD), que o presenteou com uma manta de carneiro, típica do município de Tauá, cidade de Domingos, e da região dos Inhamuns.
A primeira parada oficial aconteceu no distrito de Milagres, em Salgueiro (PE), onde foi acionado, por volta das 11 horas, o sistema de liberação do fluxo das águas. Em seguida, Bolsonaro seguiu até Penaforte, por terra, para acompanhar a chegada das águas ao Ceará, que percorreram cerca de quatro quilômetros.
Antes de seguir até o local da transposição, a comitiva sobrevoou as obras da Ferrovia Transnordestina no Estado.
O deputado André Fernandes ao lado do presidente Jair Bolsonaro na inauguração da chegada das águas da transposição do São Francisco. (Foto: Helene Santos) |
Confira o momento em que Bolsonaro abre as comportas:
O governador do Estado, Camilo Santana (PT), não participou do evento. Nas redes sociais, ele afirmou que visitará a região somente após a pandemia do novo coronavírus.
Entre os parlamentares do estado, participaram os deputados federais Dr. Jaziel (PL), Capitão Wagner (Pros), Danilo Forte (PSDB) e os deputados estaduais André Fernandes (PSL), Delegado Cavalcante (PSL) e Dra. Silvana (PL). O deputado federal licenciado Roberto Pessoa (PSDB) e o ex-deputado Raimundo Gomes de Matos (PSDB) também estiveram ao lado do presidente no evento.
Obra histórica
Oficialmente, são 12 anos de espera. Contudo, a ideia do Projeto de Integração do Rio São Francisco (Pisf) como forma de solucionar a escassez hídrica causada pela seca acompanha governos desde, pelo menos, o Segundo Império – ainda no século XIX.
Obra iniciada no governo do PT, em 2007, e que também passou por um governo do MDB, foi na gestão do presidente Jair Bolsonaro que o trecho que conduz os recursos hídricos ao território cearense finalmente foi inaugurado.
Inicialmente, eram cinco anos previstos para a construção de 477 quilômetros em obras, reunidas em dois grandes canais – Eixo Norte e Eixo Leste – para abastecer açudes e rios intermitentes (que desaparecem nos períodos de seca) não só no Ceará, mas nos estados de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. No entanto, já são sete anos de atraso marcados por disputas políticas. Diário do Nordeste
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