A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quarta-feira (29), a Operação Mercado das Armas e cumpre dois mandados de busca e apreensão em Fortaleza contra suspeitos de integrarem um grupo especializado no tráfico internacional de armas de fogo e acessórios. Além do Ceará, a operação ocorre simultaneamente em outros sete estados brasileiros.
Ao todo, cerca de 130 policiais federais estão cumprindo 25 mandados de busca apreensão e um mandado de prisão preventiva nos oito estados. Ceará, Minas Gerais, Paraná, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe são alvos da operação. As medidas judiciais são decorrentes de representação policial perante a 13ª Vara Federal de Curitiba/PR.
A PF cumpre dois mandados de busca e apreensão no Ceará, outros dois no Espírito Santo, quatro em Minas Gerais, seis no Paraná, três no Rio de Janeiro, um no Rio Grande do Sul, seis em São Paulo e um em Sergipe. O único mandado de prisão preventiva será cumprido em Minas Gerais, no município de Brumadinho.
Conforme as investigações da Polícia Federal, suspeitos dos estados do Paraná, Minas Gerais e São Paulo atuavam em associação na importação, transporte e remessa de armas de fogo e acessórios para outros estados brasileiros. Os objetos eram importados do Paraguai e, para que pudessem chegar ao Brasil, havia o apoio de atravessadores paraguaios.
Como forma de burlar a fiscalização, as armas de fogo e acessórios eram escondidos dentro de equipamentos como rádios, climatizadores e panelas elétricas, que eram remetidos e transportados pelos Correios e por transportadoras privadas. Esses objetos eram importados do Paraguai.
Um dos acessórios trazidos e comercializado pelos investigados é o chamado Kit Roni. Um de seus modelos para uso exclusivo com pistolas de airsoft era transformado para uso com armas de fogo e munições reais. Assim, o equipamento se tornava uma espécie de submetralhadora, podendo-se utilizar carregadores estendidos e seletores de rajadas.
A importação do acessório, portanto, era realizada de forma ilegal, sem os certificados necessários. Também não eram fornecidas aos compradores as notas fiscais dos objetos durante a venda em plataformas virtuais.
De acordo com a Polícia Federal, os investigados vão ser indiciados pelos crimes de tráfico internacional de armas de fogo e acessórios, associação criminosa, falsidade ideológica, uso de documento falso e lavagem de dinheiro. Se condenados, podem ter penas de até 12 anos de prisão. Diário do Nordeste
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