quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Dezessete pessoas se tornam rés por morte do prefeito de Granjeiro, diz Ministério Público


A Promotoria de Justiça da Comarca Vinculada de Granjeiro denunciou 17 pessoas por envolvimento no assassinato do prefeito do município, João Gregório Neto, o 'João do Povo'. Segundo o Ministério Público do Ceará (MPCE), a Justiça Estadual aceitou a denúncia no último dia 12 de agosto e tornou-os réus na ação criminal, após "constatação da presença de todos os requisitos legais".

O crime aconteceu em 24 de dezembro de 2019 e, desde então, uma série de diligências foram realizadas pela Polícia Civil do Ceará a fim de encontrar os culpados pelo homicídio. O MPCE não divulgou o nome dos denunciados. O processo criminal está tramitando em segredo de Justiça.

Segundo o Ministério Público, embora ainda haja ações de investigação em processo, os promotores da Comarca avaliaram que já existem indícios suficientes de autoria e materialidade dos envolvidos no crime. Desta forma, o órgão solicitou que a Justiça dê um prazo para o encerramento das diligências que ainda estão pendentes.

Se isso não for viável, o órgão requer que o Poder Judiciário admita que a Polícia Civil "apresente eventuais justificativas com pedido de prorrogação e previsão de encerramento dos atos de persecução". 

Suspeitos 
Em 15 de julho, a Polícia Civil deflagrou a Operação Granjeiro, na qual foram cumpridos 12 mandados de prisão (sendo nove preventivos e três domiciliares). Foram alvos o prefeito da cidade e ex-vice de João Gregório, Ticiano da Fonseca Félix; o pai dele, Vicente Félix de Sousa; e o cabo da Polícia Militar do Ceará (PMCE) Mayron Myrray Bezerra Aranha, que seria o coordenador da execução de 'João do Povo'. 

João Gregório Neto foi assassinado enquanto caminhava próximo à parede do Açude Junco, na cidade de Granjeiro, na véspera do Natal. A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) disse ter reunido provas que indicam que o crime teve relação com a desavença política entre a vítima e outros políticos. Em janeiro, Ticiano e o pai foram considerados suspeitos do homicídio. 

Prisões anteriores 
Em 9 de julho, Wylliano Ferreira da Silva foi preso no município do Crato. Em abril, um homem de 31 anos, cuja identidade não foi revelada, foi preso na cidade de Monteiro, na Paraíba. 

Em março, o tio do ex-vice-prefeito acusado pelo homicídio, José Plácido da Cunha, foi detido pela Polícia Civil em Fortaleza. Antes, haviam sido presos Carlos Alberto Ferreira Cavalcanti, Ronndinere Francino de Andrade e Carlos César Gonçalo de Freitas. Carlos Alberto foi capturado no Piauí, sob suspeita de participar do homicídio e flagranteado na posse do veículo utilizado pelos executores do prefeito. Ronndinere e Carlos César foram encontrados no Maranhão; eles teriam adquirido o veículo do homicídio e alterado as placas. Fonte: Diário do Nordeste

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