(Foto: Normando Sócracles) |
Uma família de cidadãos venezuelanos foi vista na manhã desta segunda-feira (28), em Juazeiro do Norte. O casal, três filhos e filhas estavam na calçada da rua São Pedro, no centro comercial, próximo com a esquina da rua Santa Luzia. “Não queremos dinheiro, queremos comida”, dizia um dos cartazes.
Apesar de não pedir dinheiro, a família recebia ajuda de pessoas que passavam na rua. De acordo com o casal, antes de chegar ao Ceará eles ainda passaram pela Paraíba. Amário Mata e Maníra Mata chegaram no Brasil há duas semanas. Eles dizem que os familiares que ficaram na Venezuela “estão morrendo”, e precisam mandar dinheiro para o país de origem.
“Tudo acabou, comida, roupa e dinheiro não há mais”, disse Amário. “Precisamos comprar comida e roupa, não precisa ser novo”, conta. Ele diz que pode trabalhar em serviços gerais, como limpeza. Ainda segundo o casal, eles não estão hospedados em nenhum local, e passam o tempo na rua, com as crianças.
Em tempo
De acordo com a Agência da ONU para refugiados, Brasil tornou-se o país com maior número de refugiados venezuelanos reconhecidos na América Latina. Segundo o órgão, o país continua com a aplicação do procedimento facilitado e reconheceu mais 17 mil pessoas para alcançar um total de 37 mil refugiados venezuelanos.
O fluxo de venezuelanos e venezuelanas é o maior êxodo da história recente da América Latina e a ONU estima que mais de 4,7 milhões de pessoas já deixaram seu país de origem.
As autoridades brasileiras estimam que cerca de 264 mil venezuelanos vivem atualmente no país. Uma média de 500 venezuelanos continua a atravessar fronteira com o Brasil todos os dias, principalmente para o estado de Roraima.
Até janeiro, mais de 768 mil solicitações de reconhecimento da condição de refugiado foram registradas por venezuelanos em todo o mundo, a maioria nos países da América Latina e no Caribe. Fonte: Site Miséria
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