Seis brasileiros conquistaram medalhas na International Mathematical Olympiad (IMO), uma das maiores olimpíadas internacionais de matemática que ocorre anualmente e que teve a edição deste ano realizada, na última semana, de forma remota por conta da pandemia. Dentre os vencedores brasileiros, apenas um levou a condecoração de ouro: o estudante Pedro Gomes, 18 anos, que há três anos se prepara para competições desse porte em uma escola do Ceará.
Natural de Recife, Pernambuco, o garoto veio para Fortaleza em 2018, quando ganhou bolsa para estudar no colégio Farias Brito. Durante os dois primeiros anos em que mergulhou no universo das olimpíadas, conquistou uma medalha de bronze e uma de prata pela IMO, já caminhando para o tão sonhado ouro.
“O resultado foi muito bom porque é algo que eu sonhava desde 2016 (…) É incrível”, destacou Pedro. Além da importância pessoal, o resultado também teve peso nacional- uma vez que contribuiu para que o Brasil alcançasse a melhor classificação desde quando começou a competir na disputa, em 1979.
Pela primeira vez o País ficou classificado em 10° lugar na competição geral, quando o máximo que havia conseguido era a 15º posição. Além da medalha de ouro, foram cinco de pratas. Três dessas para estudantes de escolas do Ceará.
Ao todo, foram cerca de 50 condecorações de ouro disputadas entre 616 estudantes do ensino médio de 105 países. A disputa ocorreria de forma presencial, na Rússia, mas precisou ser por via remota devido a pandemia e agora a medalha de Pedro deve chegar por meio dos Correios.
Pensando longe e determinando a conquistar mais vitórias, o estudante está de mudança para a França. No país, ele deve dar procedimento ao curso de Matemática e Ciências da Computação que realiza, até o momento, de forma online em uma universidade da região.
Nordestino, Pedro reconhece a força de ocupar o espaço que está conquistando e dá mérito a preparação de ensino que encontrou no Estado. “Há muitos anos os colégios do Ceará são os melhores nas olímpiadas. Já conseguiram provar que competem igual, ou até melhor”, destaca.
O Povo
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