quarta-feira, 28 de julho de 2021

Ceará segue plano de vacinação nacional e deve vacinar adolescentes após adultos receberem 1ª dose

Foto: AFP

O estado do Ceará vai começar a vacinar adolescentes de 12 a 17 anos contra Covid-19 somente depois que toda a população adulta estiver vacinada com pelo menos a primeira dose, segundo informou a Secretaria da Saúde Estadual (Sesa), na manhã desta quarta-feira (28).


A Sesa disse que vai seguir a recomendação do Ministério da Saúde e o Plano Nacional de Imunização (PNI). Depois que a população adulta tiver recebido pelo menos a primeira dose contra o novo coronavírus, adolescentes passam a ser vacinados com o imunizante da Pfizer, que recebeu autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a vacinação do grupo.


Já a Secretaria da Saúde de Fortaleza disse que a capital cearense vai continuar vacinando a população em geral por idade decrescente, além do grupo prioritário de gestantes e puérperas.


Vacinação de jovens em Eusébio

No Ceará, a cidade de Eusébio já vacinou um grupo de 17 jovens menores de 18 anos. Eles são acolhidos do Lar Davis, que tem 32 crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade.


O Ministério Público solicitou à Secretaria Municipal da Saúde do Eusébio esclarecimentos sobre a vacinação de adolescentes. O órgão afirmou que "tanto o Plano Nacional quanto o Plano Estadual de Imunização contra a Covid-19 ainda não preveem a vacinação de adolescentes, independente de estarem institucionalizados ou não".


Comunicado

A recomendação a respeito da vacinação dos adolescentes está em comunicado assinado na terça-feira (27) pelo órgão ministerial, pelo Conass (conselho que representa os secretários estaduais de saúde) e pelo Conasems (que representa os secretários municipais de Saúde).


O Ministério da Saúde recomenda, ainda, que a prioridade da vacinação seja dada para adolescentes com comorbidades. O presidente do Conass, Carlos Lula, estimou nesta terça que a primeira dose seja dada a todos os brasileiros adultos num intervalo de três a cinco semanas, entre o final do mês de agosto e setembro.


Veja as recomendações

Estados e municípios devem seguir, rigorosamente, as definições do Programa Nacional de Imunizações (PNI) quanto aos intervalos entre as doses e demais recomendações técnicas, sob pena de responsabilidade futura. O sucesso da vacinação depende da atuação sinérgica, harmônica e solidária entre os níveis federal, estadual e municipal, além da colaboração imprescindível da sociedade civil e dos meios de comunicação;


A operacionalização da vacinação contra Covid-19 obedecerá, a partir de agora, uma vez já cumprida a distribuição de ao menos 1 dose para os grupos prioritários, à ordem por faixa etária decrescente. Após a conclusão do envio de doses para a população adulta, serão incluídos os adolescentes de 12 a 17 anos, com prioridade para aqueles com comorbidades;


Haverá uma compensação gradual dos quantitativos de vacinas enviados de modo complementar (estados que receberam doses do fundo estratégico; estados com vacinação em municípios de fronteiras; atendimento a ações judiciais, etc.) e estados com maior contingente populacional de grupos prioritários já vacinados, de modo que todos os estados deverão finalizar o processo de imunização sem que haja benefícios ou prejuízos a suas respectivas populações;


Após a distribuição da primeira dose para toda a população adulta (com 18 anos ou mais), será analisada a redução do intervalo entre a primeira e a segunda dose, baseada, sempre, nas melhores evidências científicas, trazidas nas discussões da Câmara Técnica Assessora de Imunizações.


Fonte: G1 CE

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