Foto: Thiago Gadelha/SVM |
A gasolina voltou a ficar mais cara no Ceará nesta semana, conforme pesquisa divulgada neste domingo (29 de agosto) pela Agência Nacional do Petróleo e Gás (ANP). Conforme a pesquisa, o preço médio do litro do combustível no estado é atualmente R$ 5,98; na semana anterior, o preço era R$ 5,93.
Os preços foram coletados pela ANP entre os dias 22 e 28 de agosto, em 200 postos de combustível em 11 cidades cearenses.
O preço mais barato do litro de gasolina é R$ 5,67, em um posto em Fortaleza. O mais caro chega a R$ 6,42, em Crateús, no interior do estado.
Preços não param de subir
Os preços de combustíveis no Ceará e no Brasil tiveram seguidos aumentos nos últimos meses. Para explicar a disparada, primeiro é preciso entender como os preços da gasolina e do diesel são definidos. A formação do preço dos combustíveis é composta pelo preço exercido pela Petrobras nas refinarias, mais tributos federais (PIS/Pasep, Cofins e Cide) e estadual (ICMS), além do custo de distribuição e revenda.
Outros fatores que explicam os aumentos são:
Dólar em alta: O principal 'motor' das altas da gasolina e do diesel vem sendo o real desvalorizado. Até esta quarta-feira (25), o dólar – moeda à qual o valor do petróleo é atrelado – acumulava alta de 0,46% sobre o real este ano. Em março, no entanto, essa valorização chegou a 11%.
Preço do petróleo no mercado externo: Há ainda um fator adicional de pressão. O valor do combustível também é influenciado pela recuperação da cotação do petróleo no mercado internacional. Depois do choque provocado pela pandemia de coronavírus, a economia global deve ter um crescimento robusto neste ano, o que aumenta a busca pela commodity e, consequentemente, ajuda a puxar os preços para cima.
Política de preços da Petrobras: No governo Michel Temer, a Petrobras alterou a sua política de preços de combustíveis para seguir a paridade com o mercado internacional. Os preços de venda dos combustíveis praticados pela estatal passaram a seguir o valor do petróleo no mercado internacional e a variação cambial. Dessa forma, uma cotação mais elevada da commodity e/ou uma desvalorização do real têm potencial para contribuir com uma alta de preços no Brasil, por exemplo.
Tributação: Uma das principais acusações correntes sobre a alta de preços está relacionada ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – o ICMS. O imposto estadual, de fato, tem grande peso sobre o valor na bomba. A alíquota varia entre os estados: no caso da gasolina, chega a 30% em alguns locais.
Fonte: G1 CE
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