sábado, 28 de agosto de 2021

'Grande mistério', diz filho de oficiala de Justiça desaparecida há 6 meses; polícia investiga

Na foto, Ferdinando Araújo e a mãe. Foto: Arquivo Pessoal

Há pouco mais de seis meses, família e amigos desconhecem o paradeiro da oficiala de Justiça Maria Araújo de Mesquita. São quase 200 dias de angústia e buscas por notícias da mulher de 68 anos que teve a casa invadida no começo deste ano. O caso vem sendo acompanhado pela Polícia Civil do Ceará, por meio da 12ª Delegacia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).


Conforme a Polícia, a investigação está em andamento e diligências seguem de forma ininterrupta. Não há prazo para conclusão do inquérito, já que a Política Nacional de Busca de Pessoas Desaparecidas prevê que as investigações aconteçam até a efetiva localização da pessoa.


Ferdinando Araújo, único filho da oficiala, considera o sumiço da mãe como “um grande mistério”. Ele conta que durante todos estes meses não teve sequer uma ‘pista’ efetiva que indicasse o paradeiro. No início, a cada ligação recebida de alguém informando dizer ter visto Maria, Ferdinando depositava todas as suas expectativas. Agora, ele pediu que um advogado acompanhasse de perto as notícias para evitar se expor e reconstruir a vida.


“Ela nunca me comentou nada de estranho que pudesse estar acontecendo. Sabemos que pessoas entraram na casa dela, não sabemos exatamente o que levaram, o que fizeram e nem se ela estava em casa no momento. DHPP está nas buscas há um tempo, mas infelizmente não tenho respostas. Pedi para um advogado acompanhar o caso, mas sem novidades. Acredito que existam coisas em sigilo e que eu nem possa estar sabendo”, disse Ferdinando.


Não temos notícias, não temos nenhuma pista. Desde o começo tem sido assim. Ela não tinha nenhum problema de saúde. Era calada, e isso dificulta para nós saber o que aconteceu

PARENTE DA DESAPARECIDA


ESTRATÉGIAS

O Sindicato dos Oficiais de Justiça do Ceará (Sindojus-CE) informou ter se reunido com o delegado que preside o inquérito. Conforme divulgado pelo Sindicato, pelo menos 10 pessoas já foram ouvidas e será solicitada a quebra do sigilo bancário na Justiça. Também foi coletado o material genético do filho da oficiala.


O presidente do Sindojus Ceará, Vagner Venâncio acrescenta que oficiou o Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) comunicando o desaparecimento. “A entidade colocou a Assessoria Jurídica à disposição da família e, vidando dar suporte no que for necessário aos familiares e à categoria vem mantendo contato com as autoridades competentes”, comunicaram.


Denúncias que possam contribuir com as investigações podem der enviadas para o número 181, (85) 3101-0181 ou (85) 3257-4807. Sigilo e anonimato são garantidos.


Fonte: Diário do Nordeste

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