O reforço aos imunossuprimidos deve ser aplicado após 28 dias da segunda dose, preferencialmente com a vacina Pfizer. Foto: BERTRAND GUAY/AFP |
A dose de reforço da vacina contra a Covid-19, anunciada pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira (25), terá como público-alvo, a partir de 15 de setembro, os idosos acima de 70 anos e pessoas imunossuprimidas.
Conforme divulgou o órgão em coletiva na tarde desta quarta-feira, o reforço aos imunossuprimidos deve ser aplicado após 28 dias da segunda dose - ou dose única - e nos idosos acima de 70 anos após seis meses da vacinação. A vacina da Pfizer deve ser usada de forma preferencial, recomenda a pasta.
As medidas têm o objetivo de prevenir o agravamento da pandemia no Brasil, especialmente em razão da presença da variante Delta.
QUEM SÃO OS IMUNOSSUPRIMIDOS?
Conforme definido no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO), são considerados imunossuprimidos:
Indivíduos transplantados de órgão sólido ou de medula óssea;
Pessoas vivendo com HIV;
Portadores de doenças inflamatórias imunomediadas em atividade e em uso de dose de prednisona ou equivalente > 10 mg/dia;
Demais indivíduos em uso de imunossupressores ou com imunodeficiências primárias;
Pacientes oncológicos que realizaram tratamento quimioterápico ou radioterápico nos últimos seis meses;
Pessoas com neoplasias hematológicas
O Ministério da Saúde destaca que os imunossuprimidos estão entre os grupos prioritários desde o começo da campanha de vacinação.
Segundo a secretária extraordinária de enfrentamento à Covid-19, Rosana Leite de Melo, a inclusão dos pacientes imunossuprimidos entre o público-alvo para a dose de reforço acontece por evidências de baixa imunidade mesmo com o atual esquema vacinal.
"Estudos têm mostrado que os pacientes imunossuprimidos não têm mantido o nível de anticorpos suficiente. Então, é recomendado que a partir de 28 dias da segunda dose eles recebam a dose de reforço", disse durante a coletiva.
A médica destaca, ainda, a importância de estados e municípios seguirem as orientações, tomadas em conjunto com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems): "Se algum estado ou município foge do planejamento, atrapalha todos os outros entes da Federação."
REDUÇÃO DE INTERVALO
Além do reforço na imunização, o Ministério da Saúde anunciou a redução do intervalo entre as doses da Pfizer e Astrazeneca de 12 para 8 semanas.
A previsão é que essa atualização também seja feita a partir da segunda quinzena de setembro.
Para orientar os gestores locais do Sistema Único de Saúde (SUS), o Ministério da Saúde trabalha em uma Nota Técnica que será divulgada em breve.
Fonte: Diário do Nordeste
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